Vereador pede intervenção federal na Segurança do Estado. Polícia tenta reagir à barbárie

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O vereador Marcel Alexandre pediu intervenção federal na segurança pública do Estado, especialmente em Manaus, durante discurso agora há pouco na Câmara Municipal. “Rio de Janeiro e São Paulo se despiram das vaidades e aceitaram ajuda federal para combater a criminalidade. Nós precisamos fazer o mesmo”, argumentou, acrescentando que o cidadão comum “está acuado e amedrontado”.

Nesta quarta-feira o secretário de Segurança, Sergio Fontes, vai à Câmara receber a Medalha do Mérito Cidade de Manaus, proposta pelo vereador Fabrício Lima, e encontrará um clima dos piores. Na mesma sessão de hoje o vereador Waldemir José sugeriu que a sessão de homenagem seja seguida por uma outra de questionamento sobre os problemas da segurança pública.

“Segurança é um problema de Estado. E quando falo Estado estou me referindo às três esferas de governo – municipal, estadual e federal. Não podemos responsabilizar a prefeitura pelo assunto diretamente, já que o máximo que ela consegue fazer sobre isso é colocar alguns guardinhas com cassetetes nas ruas. Mas o município tem o dever de iluminar as ruas, por exemplo. Já o Estado controla o aparelho policial e o governo federal tem poder sobre a Força de Segurança Nacional e sobre as Forças Armadas. E nós precisamos destas neste momento”, já que o aparelho estadual não está sendo suficiente”, sentenciou Marcel.

Manaus foi sacudida no final de semana com uma onda de assassinatos. As especulações e os boatos se multiplicaram em velocidade máxima nas redes sociais e aplicativos. Teve de tudo, desde gente aplaudindo o secretário de Segurança, Sergio Fontes, por ter “passado geral” a previsões de reação avassaladora dos criminosos. Nada está esclarecido até agora.

O próprio Fontes levantou a suspeita de extermínio ao revelar que as armas usadas nos crimes tinham o mesmo calibre.

O fato é que, entre a sexta-feira (17) e a madrugada de sábado (18) foram registrados 23 assassinatos, isso depois que um de preso do regime fechado e um sargento da Polícia Militar (Afonso Camacho Dias) foram assassinados – o primeiro na cadeia e o segundo durante um assalto em frente ao banco Bradesco do bairro Educandos, zona Sul de Manaus.

Na mesma zona Sul foram registrados cinco homicídios – dois no bairro do Educandos, dois no São Francisco e um na Colônia Oliveira Machado.
Na zona Oeste foram seis homicídios – dois no Tarumã, três na Compensa e um no Santo Antônio.

Na zona Leste foram registrados sete homicídios – três no Zumbi dos Palmares, dois no Gilberto Mestrinho, um no Jorge Teixeira e um no Armando Mendes.

Na zona norte ocorreram outros três homicídios, – um no Novo Israel, outro no Nova Cidade e um terceiro em Santa Etelvina.

Na zona Centro-sul mais dois homicídios – um no Aleixo e outro no Adrianópolis.

“Já temos os indícios de autoria de alguns desses municípios. Quanto aos demais existe a indicação de que foi uma ação orquestrada, e não descartamos qualquer hipótese. O que com certeza faremos é nos empenhar para, no mais curto espaço de tempo possível, esclarecer os casos e identificar os autores”, disse Sérgio Fontes.

O secretário destacou que a Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações, coordenada pelo delegado Adriano Félix, comanda as investigações da morte do sargento. “Ele já possui uma sólida linha de investigação e em breve irá apresentar esses criminosos à Justiça. Nós temos uma prioridade muito grande, porque a família policial clama por isso, e todos tinham uma consideração muito grande pelo sargento. Mas temos também que dar uma resposta para os outros 21 homicídios, e nisso nós já estamos bem avançados”, ressaltou.

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