Nesse vibe gastronômica da Lei de Gerson, só um severo pitaco para o pessoal do fitness: se quiser emagrecer fale com Lúcio Flávio, o personal style do Botafogo, esse sabe como queimar uma gordura.
Acho que acabou o gás, por isso o apagão, nesse fogão!
Depois da merchan dessa janela publicitária, se a Morte tivesse um perfil no Facebook e aparecesse pra você a notificação: a Morte marcou você e outras 36 pessoas!
Meu amor, o que você faria se só lhe restasse esse dia, se o mundo fosse acabar…
O que você faria, hein?
Eu, assim como o Alexandre Brandão e o Paulinho Moska, abriria a porta do hospício e trancava a da delegacia, com Bolsonaro no poder, evidentemente. Depois dinamitava o meu carro, parava o tráfego e ria.
Pra que tanta arrogância, ganância e correria se ninguém veio aqui para ficar?! Nem a possibilidade de tirar a segunda via no tabelião do necrotério se tem.
Nesse “Último Amigo”, é a morte tocando violino para o artista. No epitáfio, tropeçando na minha lápide particular e fazendo piquenique no crematório da Recoleta, eu também devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer, mas como diz Sérgio Brito: “o acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído.”
O tempo passou e eu me formei em solidão, sou agora PHD em distanciamento social, desde a época do “fique em casa”, e ainda bem que fiquei! Não indo na “corda” do negacionista de plantão, da Alvorada!
Depois de ter feito o caminho inverso de Santiago de Compostela, saindo da Colônia del Sacramento, na Calle de los Suspiros, fiquei só costeando o alambrado e continuei curtindo o exílio no inverno de São Petersburgo, mas com muitas saudades do mormaço e caldeirão de Manaus e do Lago do Limão, no Iranduba, além do Purupuru, Xiborena, Paracuúba e Baixo Rio também, no Rio Preto da Eva.
De Espinoza a Schopenhauer, nessa “satisfação sucessiva de todo o nosso querer”, a vida é assim: esse sopro de alegria que vai e volta, numa simbiose constante.
Tem gente que diz que joga lixo na rua para garantir o emprego do gari, mas morrer para garantir o trampo do coveiro ninguém quer, não é?!
Entre a vida eterna e a vida agora, eu prefiro a vida agora, nesse Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo.
Falando nisso, na Micareta Malafaia, a revista moralista, também traz uma lista dos pecados da vedete, e tudo conta ponto nessa hora, enchendo o cofrinho do pecado nessa tabelinha do inferno, pra quando você escorregar no tobogã do umbral ou do firmamento, prestar conta.
Por exemplo: trabalhar aos sábados (Êxodo 31:15), cortar o cabelo e fazer a barba (Levítico 19:27), sexo antes do casamento (Deuteronômio 22:20), ter uma tatuagem (Levítico 19:28), se divorciar (Marcos 10:7), comer carne de porco (Levítico 11:7), usar roupas de diferentes tecidos (Levítico 19:19), comer frutos do mar (Levítico 11:10), falar sem autorização do marido (Timóteo 2:12). Tudo vale dez pontos, para mais ou para menos, segundo o IBOPE do Idoso Testamento!
Com essa distopia das teorias de Ratanabá, até eu fiquei na dúvida se não existe pecado mesmo, do lado inferior ao Equador.
E, com a Terra plana, vale a pergunta: onde passa mesmo a linha do Equador, será que passa abaixo ou acima das Minas Gerais?
Acho que passa abaixo, porque segundo Levítico: “o pecado mora ali”.
Também com aquela gastronomia à base de porco! É torresmo, é leitão à pururuca, é tutu à mineira, é canjiquinha com costelinha, é rosbife suíno, é costelinha assada com ora-pro-nóbis, é feijão-de-corda com costelinha, é bisteca e risoto suíno, é croqueta de pernil. Tem até pão de queijo da Canastra com recheio de miúdos de porco e linguiças artesanais. Nada se perde nesse pecadilho das Gerais. Do fucinho ao rabo, sem esquecer aquele dedo de prosa como ingrediente na hora do preparo e do comer na rua Ramalhete.
“Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira
E há tempos nem os santos têm ao certo
A medida da maldade(…)”
Seu Calvino, avise ao Martinho Lutero nesse papo reto, que o bagulho tá insano por aqui. Está na hora de fazer uma nova Reforma Cristã. Por cá, quem paga de santo é quem mais fede a pecado!
Como diz seu conterrâneo, o governador do Amazonas: “tá comendo maniçoba podre”. Na sua horta, continua chovendo achocolatado e ele se molhando Toddynho.
Em Manaus, nesse clima de fim de ano, fim de mundo e “após-Calypso”, entre fumaça, estiagem e tempestade de areia do Saara que atravessa Atlântico, Chimbinha se separando e Joelma continua batendo cabelo fazendo a coreografia do Cavalo Manco.
Aparece até Wanderley Andrade, o Traficante do Amor, além do vagalume que treina glúteo pintando as pedrinhas portuguesas, Petit-pavê!
“Se você é careta, fique logo ligado
O traficante chegou
Eu estou do seu lado e quero te ver chapado
Com o pó do amor
Com o pó do amor, você viaja nas ondas
No mar da paixão
Fica sintonizado, totalmente ligado
Em um só coração(…)”
Vou colocar uma peconha no pé e tirar um açaí pra comer com peixe e chibé, já que carne de porco é proibido!
Um brinde aos nossos defeitos, porque as nossas qualidades ninguém nota.
Tende piedade de nós!
*Apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco.
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