Menedékre van szükségem

“Minha vida é um inferno. Não posso nem comer um pastel, tomar um caldo de cana”.

Caldo de cana, pode! Deve! É preciso! A PF e os meganhas estão aí mesmo, tá okey?! E a Papuda lhe espera!

Batendo na porta da embaixada, na calada da noite, com o “cu-na-mão”. Foi assim a cena mais bizarra desse início de ano.

Toc, toc, toc, Menedékre van szükségem. O húngaro do mequetrefe era semelhante ao português do diplomata de Budapeste e o inglês de Joel Santana.

A vida de vendedor de perfume não está fácil! Biruliro foi oferecer o Jequiti de enxofre na embaixada, na calada da noite, meu estimadinho, Alberto Chã Filho!

O talentoso Little Box, showman da TV Ajuricaba, iria rir muito dessa patacoada, ouvindo New York, New York dezenas de vezes em seu ap no Antônio Simões.

O Mequetrefe espalhou espinhos no seu caminho de ida e agora na volta, ele está descalço. Até aquele chinelo com prego enfiado na correia, quebrou.

Os olavistas acostumados com Fake News e teoria da conspiração na realidade paralela, estão se superando a cada dia. Essa turma renunciou a lógica faz tempo.

Na minuta da fuga e no cardápio do dia, um Escondidinho Húngaro vai bem. Um goulash (prato típico), também para o pavão misterioso recebido na embaixada. Um passarinho do New York Times me contou que o pavão misterioso é na verdade o Ursinho Blau Blau.

Soldado que vai à guerra e tem medo de morrer. Assim é a percepção e atitude do mequetrefe.

Falando em soldado e capetão reformado, os Soldados de Cristo, estão tocando o terror nas comunidades do Rio de Janeiro, todos bolsonaristas. São voluntários da Crucificação de Cristo, que em nome de Deus agem de forma hostil e truculenta para impor sua fé, ou melhor, suas fezes neopentecostais, com apoio das milícias e do tráfico.

Na outra borda dessa “Santa Ceia”, com a promoção Calvo Drive Thru do “Podrão King Size”, o calvo doloso, aquele com intenção de ser calvo não vale, nem mesmo no Méquidonis.

Os calvos do fast food é a maneira mais simples de “desovar” toneladas de hambúrgueres fora da validade, sem agredir o meio ambiente, porém agredindo o bucho da raça e ainda faturando com o marketing.

Nessa sembereba e cambica, os “iludidos da economia”, filhos do mercado e netos de Paulo Guedes acham que comprar aquele curso on-line idealizado pelo astrólogo Ovaso de Carvalho é a solução.

Não conseguem entender o básico do básico que é a regra de 3, juros compostos e juros simples, mas querem deixar de lado a Filosofia, que estimula o pensamento e questiona: “por que ganhar tão pouco na bagaça do trabalho?”

A Educação Financeira, sim, vai fazer o aluno lidar com pouco que ganha.

Essa ladainha em prosa, reafirma o olimpo do desenvolvimento no empreendedorismo, querendo substituir a Filosofia pela Educação Financeira, nesse Novo Ensino Médio. É pracabá!

Darcy Ribeiro já dizia que a crise da educação no Brasil é projeto.

Santa hipocrisia, meu caro Platão, nessa Cidade dos Porcos. É tipo aquela história do pessoal do IFood, fazendo protesto contra os direitos trabalhistas, muito semelhante àquela propaganda antiga da Sadia onde o peru comemorava a chegada do Natal.

No universo paralelo dos neofascistas, tem muito mais do que 50 tons de cinza.

Bertrand Russell dizia que o Fascismo começou assim: primeiro, entusiasmaram os idiotas, e depois amordaçaram os inteligentes.

O italiano, Norberto Bobbio, descrevia o fascista como alguém que fala o tempo todo em corrupção.

Foi isso na Itália em 1922, na Alemanha em 1933 e no Brasil em 1964.

Eles acusam, agridem, insultam como se fossem puros e honestos. Mas são apenas criminosos, sociopatas que perseguem a carreira política.

Quando chegam ao poder, não hesitam em torturar, estuprar, roubar, tudo em nome Deus, pátria e família.

Um momento difícil da humanidade. Como meu rádio relógio continua mostrando o tempo errado vou apertar o play e reclamar!

O carga de ironia depende muito da quantidade de absurdos que vejo e ouço.

“Beto, não acredito que você está me traindo com o Dudu”.

Tens um gudanzinho aí?

*Apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco.