O deputado federal Marcos Rotta (PMDB-AM) foi escolhido nesta terça-feira (24) para assumir a Presidência da Frente Parlamentar em prol da recuperação da BR-319. Também compõem a mesa diretora os deputados Expedito Netto (SD-RO), como vice-presidente, e Lucio Mosquini (PMDB-RO), como secretário-executivo.
Idealizada por Rotta, a Frente tem como objetivo somar forças de parlamentares, da sociedade civil e de diversos órgãos pela revitalização dos mais de 877 quilômetros da BR-319. Construída nas décadas de 1960 e 70, a rodovia possui longos trechos intransitáveis.
A BR-319 é a única ligação terrestre entre Porto Velho (RO) e Manaus (AM). Na situação em que se encontra, os estados permanecem em situação de isolamento por terra com o restante do País.
No final de 2014, o deputado Marcos Rotta percorreu toda a rodovia. Foram gastas cerca de 28 horas, lembra o parlamentar. “O carro atolou algumas vezes. Passamos por mais de cem pontes, a maioria em situação precária”, acrescenta.
“Estamos falando de qualidade de vida da população, da economia dos estados da Amazônia. Com a BR-319 em plenas condições de tráfego, o produtor terá mais facilidade para escoar sua produção, além da segurança, do barateamento dos custos e da melhor qualidade dos produtos que chegarão aos estados do Norte pela rodovia”, ressalta Rotta.
O parlamentar declara que a Frente não tem o objetivo de “criar fissuras” entre os que defendem a revitalização da BR-319 e os que afirmam que melhorá-la causaria impactos negativos ao meio ambiente.
“O que nós queremos é buscar com diversos segmentos da sociedade saídas que permitam a utilização da via sem prejuízos ambientais. Há diversos estudos, diversas pesquisas nesse sentido e experiências internacionais para nos espelharmos”, detalha Marcos Rotta.
A escolha dos integrantes da mesa diretora é fundamental para a constituição da Frente. O próximo passo será o lançamento oficial, agendado para 9 de dezembro, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.
Histórico – A BR-319 foi inaugurada oficialmente em 1976. Com o passar do tempo e a carência de manutenção, alguns trechos foram tomados pela floresta e não há sequer sinal de asfalto.
O trecho entre os quilômetros 255 e 655 só teve as obras de recuperação liberadas na última sexta-feira (20), por decisão judicial.
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