Prefeitura de Iranduba quer construir 100 casas populares em área insalubre, por pura birra

A administração do prefeito de Iranduba, Francisco Gomes da Silva, o “Chico Doido” (DEM), é das mais contestadas do Estado, tanto pela ineficiência quanto pela truculência. Neste momento ele trava uma disputa com uma das maiores empresas instaladas no município, a Frigo Um, por um terreno onde pretende instalar um conjunto habitacional com 100 casas populares, que já tem verba reservada no caixa municipal para a construção. Ocorre que o local é insalubre e não recomendável para a instalação de qualquer moradia ou empreendimento.

Há alguns dias funcionários da Prefeitura, comandados pelo chefe da Casa Civil, o delegado George Gomes, derrubaram parte de um muro de uma creche municipal – curiosamente construída a uma distância segura do Frigorífico, em área doada pela direção deste – e invadiram o terreno, usado pela empresa para descansar e alimentar o gado que chega pelo rio para o abate. Detalhe: os invasores, que alegavam ser a área de propriedade do município, não tinham nenhuma autorização judicial para ocupar a área, nem sequer chegaram a entrar com um pedido na Justiça para uma eventual reintegração de posse.

A direção do Frigo Um, empresa instalada há 30 anos no município, gerando mais de 200 empregos diretos, vai recorrer à Justiça para garantir a posse do terreno, mas já trabalha com a hipótese de deixar Iranduba se a Prefeitura insistir em se apropriar da área. Seria um prejuízo e tanto para os trabalhadores locais.

Logo depois da tentativa de invasão, um representante da empresa procurou o prefeito Chico Doido, mas este repassou a responsabilidade pelo ocorrido ao seu chefe da Casa Civil, o delegado George Gomes. O diretor tentou, então, negociar com esta autoridade, mas ouviu dela que, se não pudesse construir o conjunto habitacional ali, construiria um clube para os funcionários da Prefeitura.

“É pura birra deste cidadão. Ele queria se apropriar do terreno de qualquer jeito. Como não permitimos, agora não quer sequer negociar uma saída boa para ambos os lados”, diz um diretor da Frigo Um, que pediu anonimato temendo represálias. “O pior é que ele não sabe que aquela é uma área insalubre, não recomendável para a instalação de qualquer conjunto ou empreedimento que gere a movimentação de pessoas”, acrescenta.

A insalubridade pode ser entendida pelas fotos aéreas feitas pelo blog. Na imagem acima, percebe-se à direita as instalações do Frigo Um, onde são abatidos bois e porcos para consumo humano. O terreno em litígio é aquele que aparece entre a empresa e as casas à esquerda. Observe-se que as construções, inclusive a de uma creche, obedecem a uma certa distância do local onde os animais são abatidos, justamente por causa da questão sanitária.

Abaixo, na primeira imagem, é possível ver que o gado é desembarcado em um pequeno porto (onde aparece uma instalação, na beira do rio), com acesso direto ao terreno onde a Prefeitura quer construir o conjunto.

Na segunda imagem, pode-se perceber claramente que existem outras áreas nas proximidades onde o conjunto poderia ser construído, sem risco sanitário para os moradores.

Na terceira imagem, aparece no canto inferior direito a creche e o muro, que foi derrubado no dia da invasão. Observe que há uma distância prudente de todas as edificações em relação ao Frigorífico.

A falta de noção e a insensatez da atual administração de Iranduba podem ser fatais para a população local.

 

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta