A frase acima é de um ambientalista experiente, ouvido agora há pouco pelo blog. Ele pediu para ter a identidade preservada porque não quer se envolver em polêmica com o governador neste momento em que o mundo discute metas importantes de redução do desmatamento. E foi difícil arrancar alguma coisa dele e de outros com quem fizemos contato hoje. “Este cidadão não existe para nós. Ele brinca com o meio ambiente. Desmontou toda uma estrutura montada com muito esforço e jogou fora um belo exemplo que o Amazonas estava dando para o mundo. Não sei o que veio fazer em Paris”, esbraveja.
A opinião da fonte é a mesma externada esta semana por uma das maiores autoridades em clima e meio ambiente do planeta, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl (foto acima). Ao contrário do que Melo vem pregando, ele afirma que a taxa anual de desmatamento no Amazonas disparou e a agenda de meio ambiente e ciência e tecnologia do estado foi desestruturada. Por conta disso, a capacidade do governo do Estado em gerir uma agenda ambiental e de desenvolvimento sustentável eficaz está muito comprometida. Ele também alertou para as poucas chances do governo do Amazonas de ter sucesso na captação de recursos de financiadores internacionais por compensação ambiental.
“Pelo anúncio do potencial de captação de recursos feito pelo Governo do Amazonas, parece haver uma expectativa excessivamente otimista de que o Estado poderá arrecadar até R$ 17 bilhões nos próximos cinco anos para compensar a extensão de florestas conservadas no Estado”, declarou Rittl. Segundo ele, o governo do Amazonas só poderia captar este valor se as ações do Estado fossem consideradas elegíveis pela Comissão Nacional de REDD+, criada pelo decreto citado na última sexta-feira (27).
“Não tem mais nada a ser apresentado. O governador optou pela política miúda, aquela coisa de desfazer o que o antecessor fez. Isso é típico de político subdesenvolvido, sem visão. Eu se fosse o povo do Amazonas pedia de volta o dinheiro que ele está gastando nessa viagem, em plena crise. Não vai dar em nada. Ele deve fazer uma fotos com um ou outro líder político e inventar um monte de asneiras pra imprensa local. E só. Não vai sair daqui com nada”, disse a fonte.
Os ambientalistas prometem cobrar duramente de Melo a desestruturação das políticas voltadas para o meio ambiente nos fóruns a que ele eventualmente comparecer.
A entrevista do ambientalista Carlos Rittl foi concedida à repórter Elaíze Farias, do site Amazônia Real
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Em meados desse ano o governador do Amazonas, José Melo, reuniu o secretariado, para iniciar a adoção de novos ajustes na máquina administrativa com o objetivo de diminuir o custeio e enfrentar os impactos da crise econômica brasileira nas finanças do Estado. A meta era cortar gastos no custeio, em despesas como serviços de limpeza e conservação, passagens e diárias, vigilância patrimonial e transporte. A expectativa era gerar uma economia da ordem de R$ 600 milhões em um ano. Dados extraídos do Site do Governo.
No entanto, estamos em dezembro e verificamos que em época de crise, que o nosso digníssimo governador alega falta de dinheiro para contratação, para aumentos de salários, promoção, para investimentos em saúde e educação, então perguntamos como ele justifica a existência de uma secretaria de governo como a Secretaria de Gestão Integrada (SEAGI), antiga Secretaria de Grandes Eventos, subordinada a Secretaria de Segurança, que tem gastado horrores de dinheiro em combustível com deslocamento de veículos pesados para o interior do Amazonas durante o FECANI de Itacoatiara e a Ciranda de Manacapuru, gastos com água, luz que fica ligada diuturnamente no prédio, gasto com diesel, gasto com folha de pagamento dos comissionados (basta consultar o Portal da Transparência para comprovar os gastos com a folha).
Além disso, tornou-se comum, a existência de servidores na Secretaria do Cel Dan Camara estamparem as páginas policiais por estarem envolvidos em crimes diversos, primeiro foi um Tenente que teve sua arma envolvida em assalto, e que foi apreendida por guarnição da PM, depois foi outro Tenente preso na operação Alcateia, por estar envolvido com grupo de extermínio. Podemos citar outros membros desta inútil Secretaria envolvidos em crimes, como a funcionária Andreia Souza da Silva, que trabalha na Chefia de Gabinete, detida por guarnição da PM pelo crime de adulteração de sinal identificador de veiculo automotor (art 311 do Código Penal), conforme o site http://consultasaj.tjam.jus.br/esaj, processo 0235951-95.2014.8.04.0001, código 1A434D0. E pra completar esse seleto grupo do Cel Dan Camara, podemos citar o policial Richard Nixon de Azevedo Furtado Junior, que consta no processo 0236739-12.2014.8.04.0001, ameaçando agente de trânsito em razão da sua função de policial militar. É claro que não podemos esquecer que o Cel Dan Camara também responde a diversos processos na justiça por improbidade administrativa durante o seu comando na PM.
Como se não bastasse tanto desperdício, o Sr. Dan Camara arrumou uma tal “Operação Cruzeiro” entre outras tantas operações sem sentido para acompanhar a atividades dos navios que ancoraram no porto de Manaus, desperdiçando pessoas, água, luz e telefone em uma atividade questionável se seria a real missão dessa “útil” Secretaria de Gestão Integrada. Governador José Melo e Secretário de Segurança Sérgio Fontes, mostrem que essa rigidez na economia de gastos é para todos e vamos acabar com essa farra do desperdício de uma secretaria megalomaníaca comandada por um coronel anacrônico e quixotesco que vive inventando crises para se projetar na mídia. Vamos levar a sério a Segurança Pública e parar de brincar de faz de conta. Os eleitores vâo lembrar disso.