Investigações sobre esquema usado na eleição avançam e miram em figurões do governo

Evandro-Melo

Não é só no Tribunal Regional Eleitoral que o governador José Melo anda enfrentando problemas com o esquema armado pela empresária Nair Blair e sua Agência  Nacional de Segurança e Defesa. O contrato celebrado com a Central de Monitoramento da Copa, que rendeu R$ 1 milhão à ong, é alvo de inquérito da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, na esfera criminal. Há fortes indícios de que o serviço não foi prestado. Como houve o desdobramento eleitoral, a mira, que estava apenas na representante da entidade e no coronel Dan Câmara, agora aponta também para altas figuras do governo.

Assim como ocorreu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acabou intimado a depor depois que seus amigos mais próximos e os filhos viraram alvos da investigação, já é dada como certa a convocação do supersecretário Evandro Melo, o primeiro passo para chegar no próprio governador José Melo, que seria o principal beneficiário do esquema.

O nome de Evandro aparece em recibos encontrados em poder de Blair. A suspeita é que o dinheiro da Agência, liberado às vésperas da eleição, tenha ido direto para a campanha, servindo para pagar pastores arregimentados pelo líder religioso Moisés Barros, e outras despesas, como formaturas e até funerais.

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