Os Guerreiros de Selva mais preparados do mundo receberam nesta terça-feira (27), os membros do Poder Legislativo para uma Sessão Especial na sede do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), visando o entrelaçamento de objetivos e metas em defesa dos interesses do Estado e da Amazônia. Na abertura, o presidente Josué Neto definiu o evento como de “extrema honra e extrema felicidade”, num momento em que a proteção da Amazônia está ocupando o debate em nível mundial.
Transferindo os trabalhos da Reunião Ordinária para a unidade militar mais conceituada do mundo na formação de combatentes de selva, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) proporcionou aos 24 deputados a oportunidade de conhecer de perto as áreas de pesquisa nas quais o Centro de Formação atua, inclusive em parcerias com instituições acadêmicas como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Nos debates em plenário, os deputados se manifestaram em defesa das ações do Exército na região, principalmente na defesa da Amazônia, diante das animosidades internacionais contra as queimadas que se intensificaram este ano na região. O depurado Augusto Ferraz (DEM) abriu os discursos no plenário montado no auditório do CIGS, apelando à força militar por ajuda para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defender a soberania brasileira na região.
Definindo a Sessão como emblemática para o momento de tensão em torno da Amazônia, Wilker Barreto (Podemos) disse que o Brasil “precisa fazer o dever de casa preservando a Amazônia” e comparou a preservação da Amazônia com a defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM). Cabo Maciel (PR) colocou o tráfico de drogas como uma das principais mazelas das populações da região, e elogiou as Forcas Armadas “que tem feito um trabalho fantástico nas fronteiras, mas ainda não suficiente para acabar com esse mal”, pontuou.
O deputado Sinésio Campos (PT) fez seu pronunciamento colocando “alguns eixos” que precisam ser avaliados quando se fala na questão amazônica, citando como exemplos a ZFM, que para ele é um exemplo de como se preservar a Amazônia, bem como a exploração sustentável de riquezas como os minérios e a biodiversidade. Fausto Junior (PV) concordou que “a Amazônia precisa de apoio, mas não de donos”, avalizando a decisão acertada do presidente Jair Bolsonaro de colocar o Exército à frente da proteção da região.
Coautora do pedido da Sessão Especial no CIGS, a presidente da Comissão de Meio Ambiente, Desenvolvimento sustentável e Proteção aos Animais, a deputada Joana Darc (PR) demonstrou preocupação com o avança das queimadas e da extração madeireira no Sul do Amazonas, região que sobrevoou em companhia do governador Wilson Lima (PSC) no fim de semana. Ricardo Nicolau (PSD) disse que os desafios são enormes não apenas quanto à defesa e proteção da Amazônia, mas também na ação humanitária junto aos povos da floresta.
Uma apresentação do comandante do CIGS, Coronel de Exército Mário Brayner, relatando os 55 anos de história do centro militar, quer foi criado em 1964 e formou sua primeira turma de guerreiros em 1966, chegando atualmente ao número de 6.512 militares especializados, e o discurso de encerramento feito pelo chefe do Estado Maior do comando Militar da Amazônia (CMA), General de Brigada Algacir Antonio Polsi, marcaram a Sessão Especial da Aleam.
Com informações da assessoria*
Foto: Hudson Fonseca
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