Ainda falando de União faz a força. Como disse na última postagem, segundo o IBGE, existe hoje, na cidade de Manaus, aproximadamente 350 mil migrantes paraenses. Somos uma comunidade que vem crescendo gradativamente, ao longo das décadas; estamos espalhados por todos os setores industriário, comércio, varejo, etc.
Penso que posso falar por uma boa parte, quando digo que muitos saíram das suas cidades em busca de melhoria e escolheram o Amazonas como Porto e Ponto de Partida. Aqui aportamos, constituímos família e temos diariamente colaborado, de maneira positiva para o progresso sócio-economico do Estado.
De sangue paraense e alimentados na maniçoba, nos tornamos “Paramazônicos” na alma, fazendo da a junção exata do jaraqui frito e a taça do açaí. Aprendemos a unir valores e tradições. Nos dividimos entre vermelho e azul, sem deixar o enrosca de um melody paraense. E assim, temos vivido, e assim temos sido parte da construção desse cenário amazônico tropical. E assim temos sido Pará…E assim temos sido Amazonas…
No entanto, somos uma comunidade com estruturas firmadas, contudo sem voz e sem representatividade. Ainda não temos uma identidade definida. Somos parte agregada na cultura, mas em termos político-social, ainda engatinhamos. Não demos os primeiros passos para uma maturidade social propositivamente ativa na sociedade amazonense.
Por fim, concluo parafraseando uma deixa popular brasileira: “O gigante paraense, ou melhor dizendo, o gigante “paramazônico” precisa despertar”.
Bob Lester é um dos radialistas mais conhecidos de Manaus. Já trabalhou em diversas rádios. Atualmente desenvolve um trabalho junto à comunidade paraense de Manaus.
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