A direção da Rede Calderaro de Comunicação teve que engolir a seco a decisão judicial que a obrigou a publicar capas em que estampou o direito de resposta de Arthur Neto, neste sábado. Para se vingar, publica na edição de domingo nova capa atacando o prefeito. Usa o mesmo argumento que Marcelo Ramos usou e não deu certo no debate de ontem, na Rede Amazônica: a propriedade de imóvel em um edifício no bairro Ponta Negra.

Marcelo Ramos sempre foi o candidato de A Crítica. A RCC perdeu um pouco da “propriedade” quando o prefeito Arthur Neto percebeu o jogo armado pelo senador Omar Aziz e correu pra longe do grupo do poder. Sem alternativas, a turma que cerca o governador José Melo se abrigou na aliança montada para apoiar o ex-deputado. E impôs a troca do vice.

Foi necessário quase um dia para convencer os donos da Rede Calderaro a abrir mão do posto de vice na chapa em favor de Josué Neto. Wilson Lima, nome apontado pelos proprietários de A Crítica para concorrer junto com Marcelo, foi sacado e escalado para continuar participando dos eventos da campanha, além de retornar à apresentação dos programas da rede, com a missão de bater forte no prefeito.

Arthur estufou o peito, enfrentou a RCC e no debate promovido pela TV do grupo na segunda-feira, dia do aniversário de Manaus, fez história ao iniciar sua participação denunciando a parcialidade, não assumida, dos jornais, das rádios, das TVs e dos sites que formam o conglomerado.

Para se vingar, os jornais do grupo estamparam capas, na quarta-feira, 26, atacando o prefeito, que conseguiu o direito de resposta ontem. Hoje, veio o ataque final.

Seja como for, esta eleição entra para a história como aquela em que a Rede Calderaro mostrou o quanto é parcial, quando quer. E que defende seus interesses sem se importar  com o que é melhor para o ouvinte, leitor e telespectador.

Com a edição de A Crítica hoje, o grupo confirma o ditado popular: “o direito do enforcado é espernear”.