Família de cabo da Marinha, morto em 2016, faz apelo dramático pela prisão de ex-sargento da PM, o assassino

A família do cabo fuzileiro naval Carlos Afonso Lopes de Gouveia, morto a tiros numa manhã de quinta-feira, 30 de junho de 2016, quanto transitava de motocicleta pela avenida Mário Andreaza, Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus, está fazendo um apelo dramático às autoridades locais, no sentido de que prendam o ex-sargento PM Ari Edson Gomes Firmino, apontado como autor do assassinato. Ele teria fugido na época para o exterior – o destino seria a França -, mas há provas de que retornou a Manaus já há algum tempo e está livre na cidade.

O caso tem características de crime passional. Gouveia, que tinha 28 anos à época, vivia com Josiane Pereira Eleutério, ex-mulher de Firmino. Este jamais aceitou o final do relacionamento com ela e cegou a ameaçar várias vezes o cabo da Marinha. Segundo a família, a vítima estava feliz e adaptado a Manaus. Tinha inclusive aberto um bar recentemente. A princípio o caso foi tratado como um assalto, mas as investigações, conduzidas pelo delegado Daniel Bindá, apontaram para outra direção.
O caso está em segredo de Justiça, mas o blog teve acesso a partes dele que demonstram a convicção das autoridades sobre a autoria do crime, como um mandato de prisão em nome de Firmino e uma movimentação mostrando que as investigações chegaram realmente nele.
A família do cabo reclama não apenas das autoridades da Polícia, Ministério Público e Justiça locais, as também da marinha. Claudete Lopes, a mãe dele, diz que não recebeu nenhum tipo de amparo da Força à qual o filho servia. Ela se trata de um câncer e mora em Santa Catarina, por isso não pode se deslocar a Manaus e acompanha o caso de longe, com grande sofrimento.
“Me disseram que o assassino tem influência em Manaus, por isso continua solto. Isso é muito frustrante para nós”, desabafa.
A Polícia disse, à época, que a vítima foi alvejada com seis tiros. Segundo o capitão Harley Noronha, que era comandante da 7ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o cabo foi perseguido por um carro de cor prata. Três homens estariam dentro do veículo. Um dos suspeitos atirou contra no braço do militar, que caiu. Em seguida, o veículo parou próximo da vítima e um dos suspeitos efetuou mais cinco disparos, que acertaram a cabeça e o tórax da vítima.

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) confirmou que o cabo recebia ameaças de morte. A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval, informou na época que contribuiria nas investigações realizadas pelos órgãos de segurança pública e instauraria processo administrativo para apurar as circunstâncias e dar todo apoio aos familiares do militar, o que, segundo a família, não aconteceu.

Um ano depois do assassinato, Firmino foi considerado desertor pela Polícia Militar do Amazonas. Antes disso, ele recebeu uma bolsa de estudos para cursar um doutorado em uma universidade francesa, para onde teria se mudado logo após o crime.

Esta é a foto do assassino:

Veja abaixo os documentos a que o blog teve acesso:

 

 

 

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Este post tem 11 comentários

  1. Raphaely

    Chegou a hora de se fazer ouvir! Jamais vamos nos calar! Os direitos Humanos só funcionam qd a gente é vagabundo e bandido! A lei do militarismo só funciona com gente que realmente deu seu sangue pela pátria! cadê o conselho disciplina de Manaus? Cadê o corregedor geral da PM AM que não foi atrás do funcionário desertor! Vergonha desse Brasil sujo! Vermes de fardas! Obg Hiel por ajudar a gente a movimentar o nome desse Ser menos evoluído! E que fique g registrado, pq agora ele vem atrás da nossa família! Somos as vítimas! Chega de viver achando que a qq momento ele vai aparecer!

  2. Claudete

    Como mãe faço um apelo, não deixe que esse homem fique andando livremente em Manaus ou qualquer lugar desse planeta, zombando da cara da justiça, Marinha, PM, Ministério público, etc… Erramos temos que pagar pelos nossos. Esse erro custou a vida do meu filho. Grande parte de mim morreu junto. Imagina vc perdendo seu filho, o que vc faria?

    1. Lane

      Posso te ajudar, ja nao quero mais me silenciar

      1. Claudete

        Simplesmente faça!

  3. James

    Este caso me entristece até hoje, Afonso foi um grande amigo com quem tive a honra de servir em Manaus. Militar excepcional. Deixou saudades… Que a justiça seja feita.

  4. Michelly

    Só esperando a justiça ser feita! Esse monstro não deveria estar solto. Vai pagar pelo o que fez, e todos os envolvidos também! Não vamos mas nos calar, Afonso merece justiça.

  5. Liliane

    Grande amigo da infância homem do bem.
    Um absurdo a justiça não prender o criminoso, mas Deus é justo.

    Justiça de Manaus pedimos Justiça.

  6. Caio Camacho

    Essa crueldade me abala até hoje, de fato quando lembro do meu “irmão” só penso como ele era feliz e gostava de viver. Confesso que sempre comentava com ele de ter cuidado com as mulheres qual ele conhecia, pois ele sempre se entregava por inteiro e eu dizia a ele, “Mano cuidado vc não sabe o histórico pra Já morar com ela” parece que eu sentia que tinha uma alma ruim tentando aproximar do meu irmão. Então acontece essa fatalidade no mês do nosso aniversário! Nunca mais tive amizades como a sua, vc Afonso chegou a morar com minha família, vc foi e sempre será um irmão! A maldade tirou vc do mundo, mas Deus te pegou nos braços mano, um dia estaremos juntos e melhor do que nessa terra, onde a Justiça leva anos, onde a brutalidade leva segundos.
    Peço desculpa aos familiares pela falta de contato, mas manter o contato pra lembrar de irmão que não aceitei ter ido pro céu dessa forma eu prefiro sofrer calado!
    Amo vocês! E amo meu eterno irmão

    1. Claudete

      Vc é um querido. Eu entendo, uma dor terrível, cada lida com ela como acha melhor. Gostei da sua postagem. Bjs

  7. Fabiano Luiz de Souza

    Saudades Eternas camarada Afonso ! ADSUMUS ! Amazônia !

  8. c

    Muitas Saudades! Mês que vem faz 6 anos sem vc.

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