Os cidadãos de Manacapuru, o maior colégio eleitoral do interior do Amazonas, andam assustados com o estilo de “governar” do novo prefeito, Beto D´Ângelo (PROS). Não bastassem as constantes denúncias de manipulação explícita de licitações, que já ocasionaram inclusive a intervenção do Ministério Público do Estado, ele ameaçou um crítico de seu governo no meio da rua e todos na cidade comentam os rumorosos casos amorosos do gestor, que teriam consequências diretas em sua administração, como o favorecimento a namoradas.

Na noite do último sábado, o cidadão Elson Santos estava assistindo a um ensaio da ciranda Flor Matizada, da qual é torcedor, quando o prefeito o abordou, cobrou satisfações sobre as críticas postadas nas redes sociais e disse, em com de ameaça: “Eu bato forte quando eu quero. O que é seu tá guardado!”, acertando alguns tapas no peito do interlocutor.

Elson fez um desabafo nas redes sociais (veja abaixo) e recebeu a solidariedade de vários cidadãos.

O Portal do Mazinho, de Manacapuru, denunciou que a licitação do transporte universitário, já denunciada neste blog, foi viciada. O contrato de R$ 3,9 milhões foi entregue à empresa D. da Costa Farias, que teria ligações com uma namorada do prefeito.

Por essas e outras, já existe um movimento em Manacapuru, comandado por lideranças evangélicas, para questionar juridicamente as atitudes do prefeito e denunciar sua postura e arbitrariedades.

A eleição de Beto foi extremamente questionada. Comandado pelo coronel reformado da PM Marcus James Frota, foi montado um esquema de favorecimento a ele em comunidades rurais. O prefeito teve apenas 27% dos votos na sede do município, mas veio eleito do interior. A juíza eleitoral de Manacapuru, Vanessa Leite, não anulou o pleito, apesar dos pedidos da oposição. O caso agora está no Tribunal Regional Eleitoral.

Agora, D`Ângelo enfrenta a fúria da cidade, revoltada com seus métodos.