Vereadores recomendam o fim do pagamento em dinheiro nos ônibus

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) encaminhará nesta semana ao Executivo Municipal, a Indicação n° 014/2017, que solicita o fim do pagamento em dinheiro nas catracas do sistema de coletivo da cidade. A indicação foi aprovada pela Mesa Diretora da Casa, no dia 15 de fevereiro, antes do Carnaval.

Proposta pelo vereador Professor Gedeão Amorim (PMDB), a medida prevê a implantação exclusiva da bilhetagem eletrônica no transporte coletivo e busca alcançar dois principais objetivos: reduzir o índice de assaltos nos ônibus de transporte tradicional, alternativo e executivo além de acabar com o problema da falta de troco.

“É importante salientar que a indicação prevê, primeiramente, a estruturação do sistema de bilhetagem eletrônica com a implantação de diversos pontos de vendas de cartão em Manaus para, posteriormente, se extinguir o pagamento em espécie, nos ônibus”, explicou o vereador.

Ele destacou que em Campo Grande (MS) – em um mês de implantação do pagamento exclusivo no cartão – houve redução de até 90% nos assaltos no transporte coletivo. “Pesquisamos  sobre a causa dos assaltos ocorridos nos ônibus de Manaus e em 80% dos casos, o alvo é o cobrador e não os passageiros”, declarou Gedeão.

Ainda de acordo com o vereador, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, quando se fala no fim do pagamento em dinheiro, a figura do cobrador não será extinta, mas ganhará mais importância, uma vez que nos Estados onde o profissional foi retirado, o processo de embarque se tornou mais lento, obrigando os empresários a readmiti-los.

Em números

Na capital amazonense, levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) mostra que de janeiro a outubro do ano passado, quase 3 mil assaltos aconteceram em coletivos, o que equivale a, aproximadamente, 9 crimes por dia e cerca de R$ 1 milhão levado das empresas concessionárias do transporte coletivo.

“Não podemos deixar de discutir amplamente alternativas como essa,  porque muitas vezes devido ao senso comum se veta discussões, que podem trazer melhorias à nossa cidade”, declarou o vereador.

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