TREmendamente desnecessários

Certa feita alguém cunhou uma frase por demais emblemática que diz: Justiça que tarda não é justiça.

Em hora infeliz a Constituição de 1988 manteve no arcabouço judicial do país a justiça eleitoral, nos níveis estaduais e federal.

Há quem tenha dito, com o que concordo plenamente, que a justiça eleitoral é uma jabuticaba ou seja, só existe no Brasil.

A justiça eleitoral brasileira é um balcão de negócios que enriquece muita gente, é lenta, inchada de cargos para apaniguados, custa caro ao contribuinte, é injusta e nada justifica sua existência e funcionamento.

A nossa justiça eleitoral só subsiste para dar emprego a gente nada bem intencionada e é mantida e sustentada pelos demais poderes a fim de alimentar esquemas e sistemas não republicanos onde o compadrio e as negociatas prevalecem.

Pra quê uma corte eleitoral em cada estado?

Com quê necessidade uma corte eleitoral superior?

Se os nossos parlamentares soubessem o quanto de desnecessárias são as cortes eleitorais perdulárias e quanto de nada valem ou produzem de bons resultados que justifiquem seus altíssimos custos, algum deles já teria proposto suas extinções por meio de uma PEC.

Bastaria a criação de varas especializadas eleitorais permanentes junto aos tribunais de justiça de cada estado e uma câmara junto ao STJ para julgamento de recursos.

Falta boa vontade, sobra a falta de coragem e não enxergamos visão politica nos nossos parlamentares para que se insurjam contra esse descalabro jurídico no nosso país.

Temos assistido verdadeiros espetáculos patéticos de julgamentos nas cortes eleitorais Brasil afora que são de envergonhar os cidadãos de bem que ainda acreditam na justiça.

São julgamentos persecutórios contra uns, protecionistas contra outros e injustos contra todos.

Alguns são julgados sem menor critério jurídico e legal levando à cassação de mandatos e perda dos direitos políticos, enquanto outros são inocentados quando cometeram os mesmos e até piores deslizes. Simplesmente não há lógica e critérios.

Cada membro das cortes eleitorais age de acordo com o mandatário de plantão ou do partido ou poder que os indica.

Leis, normas ou a própria constituição vão às favas durante os julgamentos, pois o que prevalece é a interpretação ou a intenção boa ou má do julgador.

São tribunais compostos de meia dúzia de tiranetes, capazes de cassar mandatos de políticos com milhões de voto,  passando por cima da vontade e da soberania popular.

E vem de cima o mais tenebroso exemplo pois o TSE composto por pelo menos três membros vindos do STF, dá de ombros para a lei e age ao alvedrio da constituição porque se acham inatacáveis, soberanos e soberbos.

Já dizia Mike Adams: Temos a tirania que toleramos.

Quem mais enriquece com esse estado de coisas são as bancas de advocacia caríssimas além de muitos outros operadores do direito plantados a dedo nas poltronas das cortes eleitorais a fazer dali pontes para sustentação de poder e de mandonisno.

Se fosse extinta, a justiça eleitoral brasileira não deixaria a menor saudade e, ao reverso, traria economia e melhor distribuição da justiça no nosso país.

Tá mais que na hora do poder legislativo federal criar vergonha e propor o fim das cortes eleitorais levando para a justiça comum e para o STJ os julgamentos relativos às eleições, candidatos, partidos e os que detém mandatos.

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