Sinal de alerta está ligado no Amazonas para a Covid-19, com sete mortos e UTIs lotadas

O alerta foi dado mais cedo pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta: o sistema de saúde de Manaus pode ser o primeiro a colapsar no país. Agora há pouco, as autoridades de saúde do Estado confirmaram isso, ao anunciar que os 45 leitos da UTI do hospital Delphina Aziz estão preocupadas com pessoas com sintomas de coronavírus – cinco delas com testagem positiva e as outras aguardando o resultado. Ocorre o mesmo nas unidades privadas. E mais um óbito foi confirmado, de uma senhor de 83 anos que veio de Manacapuru. Agora são sete no total.

O município de Manacapuru, aliás, já registrou dois óbitos e 10 casos confirmados da doença, sendo o mais atingido até aqui. Ali, desde o início do registro de casos no Amazonas, o movimento nas ruas continuou intenso e a Prefeitura local não se empenhou muito para manter as pessoas em casa.

No total, já foram registrados 260 casos confirmados no Estado. Mais 31 surgiram nas últimas 24 horas. Os pacientes internados são 39, dos quais 17 estão em estado grave nas UTIs. A quantidade de casos investigados explodiu e chegou a 600.

O percentual de pacientes que precisam de UTIs no Amazonas – 7,8% – é o maior do mundo neste momento. Na China, por exemplo, foi de 5,4%. O percentual dos que precisam de internação no Estado é de 15%.

O que agrava ainda mais a situação no Amazonas é o período das síndromes gripais, que começou em novembro e vai até o final de abril. Até agora 500 pessoas foram internadas com estes sintomas e 45 morreram de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Isso fez com que um andar inteiro do maior hospital da cidade – o 28 de Agosto – fosse reservado apenas para atender estes casos. Neste momento, o quinto andar também tem registrado casos do novo coronavírus, que são transferidos de imediato para o Delphina Aziz, onde está o centro de tratamento da doença.

Uma enfermeira do 28 de Agosto acabou sendo contaminada e está isolada em sua residência, tratando a doença.

A quantidade de pessoas que já saíram do período de transmissão no Estado chega a 40.

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