Setembro verde e amarelo

Já se tornou praxe no país chamar a atenção para prevenção de doenças ou para campanhas com temas relacionados a assuntos de cunho social, ligando-as a diversas cores mês a mês.

Isso desencadeia uma série de eventos que envolvem profissionais, entidades, meios de comunicação e a sociedade como um todo, num circuito virtuoso de ideias.
O janeiro pode tanto ser roxo da Hanseníase como branco para as doenças mentais, o fevereiro laranja é da leucemia, o março é azul pelo câncer intestinal, o abril é verde relacionado à saúde e segurança no trabalho, o maio, o julho e o setembro são  amarelos pela prevenção do suicídio e dos acidentes de trânsito e pelo combate às hepatites virais, o junho é vermelho lembrando da doação de sangue, o agosto é dourado evocando o aleitamento materno, o outubro é rosa pelo combate ao câncer de mama, o novembro é azul pelo enfrentamento ao câncer de próstata e dezembro é vermelho da luta contra a AIDS.
Com toda sinceridade d’alma juro que inclinei-me a dedicar o verde e o amarelo de setembro para homenagear a esquisofrenia e a febre amarela de que estão acometidas algumas figuras do poder judiciário supremo, entretanto, pensei melhor e penso que essas cores merecem estar ligadas a situações e fatos mais nobres.
Essa salutar mania de lincar determinado mês a um fato relevante tem lá seus primórdios em diversos acontecimentos no Brasil como por exemplo maio pelo dia do trabalho, junho das festas folclóricas, fevereiro do carnaval, dezembro das comemorações natalinas.
Tradicionalmente o mês de setembro ficou marcado no país como o das celebrações pela liberdade da pátria ante o jugo da colonização portuguesa.
Diria mais, que setembro tem duas cores vibrantes às quais nosso país está indelevelmente ligado, porque o verde e o amarelo são as cores símbolos da brasilidade, do patriotismo, da luta pela liberdade e mais ainda porque estampam o pavilhão nacional denotando amor à pátria.
Quis o povo brasileiro e em boa hora trazer para esse setembro de 2021, toda a carga de simbolismo que ele encerra num forte brado de liberdade ante à tirania de um poder constituído sobre os demais.
Esse 07 de setembro próximo trás consigo um chamamento à ordem democrática verdadeira em que nenhum poder se sobrepõe a outros e onde a cláusula constitucional da tripartição dos poderes deve ser respeitada e mantida a qualquer custo.
Na democracia os poderes não são absolutos e tampouco se sobrepõem uns aos outros.
Na democracia deve prevalecer o império da lei e da ordem em que cada poder atua respeitando-se os limites da atuação de cada um.
Nenhum poder constituído é soberano!
Soberanas, são a pátria e a vontade popular que estão bem acima das vontades individuais e individualistas dos seus componentes.
O nosso país, pela atuação individual de alguns soberanos encastelados em um dos poderes constituídos, enfrenta uma perigosa escalada de tirania em que a lei e a ordem estão sendo aviltadas.
Muitos cidadãos, intelectuais, políticos, empresários e parte da mídia mais independente, já perceberam que está em curso uma onda de desmandos por parte do poder judiciário notadamente pelo STF.
Ontem foram perseguidos alguns que se opõem a essa desordem judicial; hoje encarcera-se aqueles que levantam as vozes contra essa suprema tirania; amanhã pode ser qualquer um de nós que ousarmos questionar o porque de tantas e tantas ordens absurdas contra a liberdade de expressão; depois de amanhã talvez não restará nenhum patriota livre para denunciar toda essa onda de abusos.
Que o cidadão brasileiro neste próximo dia 07 de setembro pinte o país de verde e amarelo e saia às ruas e praças para externar e expressar de forma pacífica e ordeira seu descontentamento e seu desconforto com os rumos que a nação está tomando onde é visível que um poder por meio de alguns dos seus pares usurpam e abusam das suas prerrogativas e querem impor suas vontades individuais sem lastro algum de legalidade sobre os demais poderes.
Que de hoje em diante o mês de setembro, verde e amarelo, assuma que é verdadeiramente o mês dedicado à nação e que família, propriedade, pátria e liberdade sejam temas inegociáveis diante daqueles que ousarem macular esses direitos inalienáveis.
Té logo!