Seremos mais felizes!

*Por Carlos Santiago

Dezembro chegou. É o mês das confraternizações de amigo (a)s, das trocas de presentes, das celebrações natalinas e das reuniões de familiares. É o momento em que o dar, o receber e o retribuir são mais intensos. 

Segundo sociólogo Francês Marcel Mass, o dar, o receber e o retribuir constam em todas as sociedades, independentemente de as mesmas serem modernas ou tradicionais, criando relações sociais permanentes.

Então, não adianta ganhar comendas, bombons, açaí, vídeo, camisas, perfumes, CDs, votos de eleitores, além de sorrisos, de abraços e de belas palavras, se não houver retribuição.

Os presentes e os gestos como o sorriso carregam também sentimentos de gratidão, formam laços sociais e nos movem a retribuir. Se não for para criar laços sociais, as trocas de presentes ou as belas palavras não têm sentido. É assim que a sociedade estabelece a vida social.

No entanto, muitas das vezes, os presentes e palavras são usados como meios de opressão ou cometimentos de indelicadezas contra o outro, em especial, quando o presente, as palavras e os sorrisos ganham um tom de superioridade, sem a retribuição ética devida.

Na política, a falta de retribuição devida acontece quando o eleitor deposita voto de confiança na urna e receber de volta um comportamento não ético e corrupção da classe política, como está acontecendo no Brasil de hoje.

Mas o momento é de festejos. O Natal já vem e é sempre desejável uma reflexão sobre a vida. O dar, o receber e o retribuir ajudam nas relações da vida e do País, e é possível que haja gratidão coletiva e torne o Brasil um lugar bem melhor pra viver.

Assim, seremos mais felizes!

*O autor é sociólogo, cientista político e advogado