Sem prorrogação, CPI da Saúde deve encerrar os trabalhos na terça-feira

Ao longo da Sessão Plenária na manhã desta quinta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga desvios na área da Saúde estadual (CPI da Saúde), Delegado Péricles (PSL), Wilker Barreto (Podemos) e Serafim Corrêa (PSB) discursaram em favor da prorrogação das investigações por mais 60 dias, entretanto, por falta de quórum, o requerimento pedindo sua prorrogação não foi votado, devendo assim a CPI ser finalizada na próxima terça-feira (29), quando termina o prazo de entrega de seu relatório.

O presidente da comissão, deputado Delegado Péricles, fez um resumo dos trabalhos da CPI da Saúde durante seus quase 60 dias de existência, enumerando 40 reuniões e 41 oitivas de testemunhas e acrescentou que ela está proporcionando uma mudança de paradigmas nos processos licitatórios da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), afirmando que a comissão proporcionou uma enorme economia aos cofres públicos estaduais. “Essa Comissão Parlamentar de Inquérito deveria ser permanente, não só na saúde, mas na educação, nas obras públicas, porque sabemos dos indícios de desvios”, ponderou Péricles.

Em aparte, o deputado Belarmino Lins (Progressistas) se disse triste por ouvir do deputado Péricles que a comissão não ia ser prorrogada, mas que não havia visto outras investigações que não envolvessem o atual governo, sendo que no texto de instauração da CPI havia a previsão de investigação dos últimos cinco anos. “Se havia necessidade de aprofundar as investigações e alcançar outros governos, por que a comissão não se antecipou em pedir a prorrogação?”, questionou.

Wilker Barreto declarou que a Aleam precisa urgentemente se reencontrar com o povo. Citou o exemplo da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de ter afastado o atual governador Wilson Witzel e afirmou que se a Assembleia do Amazonas não prorrogar os trabalhos da CPI agravará os sentimentos de decepção do povo com o Poder Legislativo. “A Assembleia não pode ter nas suas mãos de um lado lama e do outro sangue. Os indícios e a materialidade da corrupção são claros. Temos elementos suficientes para abrirmos processo de impeachment do governador Wilson Lima e do vice”, afirmou.

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