O novo comandante da Polícia Militar, coronel Augusto Sérgio Pereira, não mentiu quando disse em entrevista, assim que foi nomeado, que o projeto Ronda nos Bairros tinha acabado. De fato, a estrutura de policiamento ostensivo montada no governo Omar Aziz já não existe. O programa, entretanto, não pode acabar porque foi financiado, em parte, pelo Banco Mundial, que costuma fiscalizar seus investimentos. Se o governo oficializar o fim, terá sérias dificuldades de conseguir novos recursos em instituições internacionais e perderá o que ainda tem para receber do organismo financeiro.
O Governo do Amazonas mantém financiamento com o Banco no valor de US$ 216 milhões. O empréstimo foi aprovado em maio de 2014 e se estende até 2016. O projeto previa qualificar policiais e implantar o Ronda no Bairros em 11 cidades amazonenses, além do lançamento do Ronda Maria da Penha, voltado à proteção da mulher.
Quando foi lançado por Omar Aziz em 2012 o Ronda previa a colocação de uma guarnição formada por 24 policiais militares cm uma viatura e duas motocicletas, em sistema de revezamento, a cada três quilômetros quadrados. Funcionou a princípio e repercutiu bem na população. O tempo passou, o programa mingou e hoje não existe pessoal suficiente para atender esta demanda. Estima-se que o déficit de policiais apenas na capital seja de seus mil homens.
Hoje o programa, que serviu mais como uma peça de marketing por tempo determinado, está presente apenas nos adesivos colados nas viaturas.
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