Professores da Ufam em Manaus e no Interior aprovam deflagração de greve

A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), aprovou nesta quinta-feira, 22, indicativo de greve em assembleias descentralizadas no Estado. A aprovação ocorreu diante dos inúmeros ataques do governo Bolsonaro à Educação. A categoria decidiu também a organização de um Comando de Mobilização de Greve formado por docentes, estudantes e técnicos da universidade.

“Essa é a posição que ADUA levará para a reunião do setor das Instituições Federais de Ensino, em Brasília, nos próximos dias 24 e 25, onde se terá um panorama da situação nacional”, informou o presidente da ADUA-SSind. professor Marcelo Vallina. O indicativo de greve por tempo indeterminado está sendo discutido em todo o país nas seções sindicais do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).

Com 17 votos favoráveis, 2 contrários e 3 abstenções, professores e professoras da Ufam do campus da capital aprovaram o indicativo de greve por tempo indeterminado. A Assembleia Descentralizada em Manaus contou a participação de docentes, universitários, pós-graduandos e egressos da Universidade.

No Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA), em Humaitá, foram 19 votos a favor e nenhum contrário nem abstenção. Em Parintins, no Instituto de Ciências Sociais,Educação e Zootecnia (ICSEZ), também por unanimidade, foram contabilizados 11 votos a favor do indicativo de greve.

Os docentes do Instituto de Natureza e Cultura (INC), em Benjamin Constant, decidiram pela construção de grupos de discussão com a comunidade acadêmica na intenção de intensificar a mobilização. As datas de reuniões de mobilização nas unidades da Ufam fora da sede serão marcadas para a próxima semana e divulgadas em breve.

Durante as assembleias, professores e estudantes se manifestaram sobre o atual momento do País de desmonte das Universidades Públicas, dos riscos do projeto “Future-se”, dos cortes aos orçamentos das instituições, além dos fortes e amplos impactos ambientais e sociais da política de Bolsonaro. A comunidade ressaltou a importância de mobilização para enfrentamento aos esses ataques.

 

Foto: Divulgação

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