Prefeitura aciona Justiça do Trabalho contra Sinetram e Sindicato dos Rodoviários

Após mediar na tarde desta quarta-feira, 30/5, mais uma rodada de negociações sem resolução entre o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) e o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM), o prefeito Arthur Virgílio Neto confirmou que a Prefeitura de Manaus irá entrar com ações civis públicas na Justiça do Trabalho cobrando pesadas multas contra os dois sindicatos e solicitando o retorno imediato das obrigações de ambas as partes para o bem-estar da população.

 

“Dei todas as chances de acordo aos dois e como não houve definição, eu vou cumprir aquilo que ontem eu disse que iria fazer. Vamos ingressar com duas ações civis públicas contra as duas partes, responsabilizando o sindicato dos trabalhadores e o sindicato dos empresários”, afirmou Arthur Neto.

 

O prefeito destacou que dedicou 26 horas de negociações às partes e quer que a greve acabe e que tudo se resolva. Ele ressaltou ainda estar aberto a novas negociações com as duas partes, a qualquer dia, independentemente do feriado.

 

“Hoje a negociação quase se concretizou. Eu estarei sempre às ordens e de portas abertas para discutir com rodoviários e empresários. Creio que vale a pena insistir no diálogo mesmo quando parece que não vai dar certo, pois é uma ferramenta da democracia e me apego a tudo que ela oferece para fazer a melhor luta que eu possa para o meu povo”, salientou.

 

Indagados sobre o que faltou para chegarem a um acordo, empresários e rodoviários divergiram nas respostas sobre a negociação.

 

“Não houve negociação. O Sinetram fez uma proposta imoral que afronta os trabalhadores afirmando que não tem lucro. Eles têm lucro sim e não pagam porque não querem. A greve continua”, disse Gilvancir Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários.

 

Por outro lado, o Sinetram afirma que a negociação está prestes a se concluir e que depende apenas da definição de algumas datas para que sejam realizados os pagamentos do que pedem os rodoviários.

 

“Está muito perto agora de fecharmos um acordo porque, em percentuais já chegamos. Eles pediram 6,5 %, porém pediram para junho. Nós pedimos um prazo para julho e agosto. O que dificultou foram as datas. Pois queremos assumir um compromisso e conseguir pagar, esse é o grande problema das empresas”, explicou Algacir Gurgaz, presidente do Sinetram.

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