Política com poesia

*Por Carlos Santiago

O NOSSO ANIVERSÁRIO E AS MAZELAS….

Completo mais um ano de vida sem talento para a solidão e para a indiferença sobre as mazelas do Brasil.

Amar sempre foi o pulsar das realizações, mesmo quando tudo parece distante. Nem as decepções na vida me tiraram a vocação para o amor.

A inquietude avança quando tudo parece calmaria. Acalmo-me quando tudo parece agitado.

Sonhos contestadores ainda envolvem o meu ser. Homens-gafanhotos mandam nos palácios e nas instituições abarrotadas de riquezas produzidas por operários, por comerciários e pelo campesinato.

Moinhos de vidas um dia acabarão com os opressores.

Assim vou amando, assim vou refletindo, assim vou superando percalços até chegar a um novo mundo.

As borboletas foram lagartas, os frutos já foram sementes e os dias ainda não terminaram.

AS NOSSAS ESCOLHAS…

Sou existência. Tenho liberdade. Sou senhor do meu destino.

Estou inquieto. Tenho medo e incerteza. A essência divina não existe.

Trago uma solidão de espírito num mundo sem referências determinadas.

Busco construir o meu ser; saber o que fizemos de nós.

Erramos sozinhos e acertamos sozinhos, mas os impactos de tudo cabem a todos.

Sigo construindo e derrubando muros; sigo vítima e algoz, explorador e explorado.

Sou escolhas. Tenho milhares de escolhas. A minha existência precede a essência.

Sou ser homem, um ser pensante, um ser livre e a vida será aquilo que vou definir.

A miséria, as guerras e os abusos são do tamanho de nossas escolhas.

*O autor é sociólogo, analista político e advogado.