Polícia conclui que morte de petista não teve motivação política

A Polícia Civil concluiu que não houve motivação política na morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, assassinado a tiros pelo policial penal federal Jorge Guaranho. De acordo com o inquérito, divulgado nesta sexta (15), Guarano soube da festa temática promovida pelo petista em um churrasco, por meio de um amigo que teve acesso às imagens do evento.

Guaranho foi indiciado por homicídio com duas qualificadoras: por motivo torpe e causar perigo comum, de acordo com a delegada Camila Cecconello.

O crime aconteceu no sábado (9). Marcelo Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário – com temática do Partido dos Trabalhadores e o ex-presidente Lula.

Guaranho foi ferido pelo guarda municipal, que também estava armado, e está internado em um hospital da cidade em estado grave. Ele teve prisão preventiva decretada na segunda (11).

Conforme a Polícia Civil, o policial penal estava em um churrasco, quando ficou sabendo que a festa de Marcelo estava acontecendo.

Segundo as investigações, o atirador tomou conhecimento por meio de uma outra pessoa que estava no churrasco e tinha acesso às imagens de câmera de segurança da associação onde o aniversário de Marcelo estava acontecendo.

Em seguida, de acordo com a delegada, Guaranho não fez comentários a respeito da festa. Apesar disso, o policial penal deixou o churrasco onde estava e foi para o local onde era realizado o aniversário de Marcelo.

Provocações

A delegada informou que Guaranho foi até o local do aniversário com o objetivo de fazer uma provocação.

Testemunhas disseram que o policial penal chegou em um carro com a mulher e um bebê. Além disso, o carro do atirador tocava uma música de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após isso, uma discussão se iniciou. A delegada afirmou que testemunhas relataram que Marcelo jogou um punhado de terra contra o veículo de Guaranho. Depois da discussão, o policial deixou o local.

A Polícia Civil concluiu, com base nos depoimentos, que o retorno de Guaranho ao local do aniversário foi por ter se sentido humilhado. Ao retornar ao aniversário, o porteiro da associação tentou impedir que ele entrasse no local a pedido dos participantes da festa.

Apesar disso, segundo a delegada Camila, o policial penal abriu o portão sozinho. Depois, conforme a delegada, as imagens analisadas pela polícia mostram a seguinte sequência:

Marcelo foi avisado que Guaranho entrou;
Marcelo carrega a arma e coloca na cintura;
Guaranho estaciona o carro;
Marcelo pega a arma;
Guaranho também saca a arma de fogo;
Pâmela tenta intervir na discussão;
Marcelo e Guaranho ordenam um ao outro para que abaixe a arma;
Guaranho atira primeiro.
Camila afirmou que Guaranho fez quatro disparos, dos quais dois atingiram Marcelo. Por outro lado, o petista atirou 10 vezes, acertando quatro tiros contra o policial.

Agressões

A delegada Iane Cardoso informou ainda que um inquérito também foi aberto para apurar as agressões que Jorge Guaranho sofreu após atirar contra Marcelo Arruda. Três pessoas são investigadas pelo caso.

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