Percentual de estudantes que foram estupradas no Amazonas é maior que a média nacional, diz Castro

O percentual de adolescentes vítimas de violência sexual no Amazonas, foi considerado alarmante pelo deputado Luiz Castro, em pronunciamento feito hoje (01) no plenário da Assembleia Legislativa. Com base em pesquisa divulgada pelo IBGE, o deputado revelou que 6,2% dos 50.787 alunos do 9º ano do ensino fundamental tiveram relações sexuais forçadas, percentual maior que a média nacional de 4%.

Presidente da Frente Parlamentar de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (Frenpac), Luiz Castro  afirmou que os números são uma vergonha para o Amazonas, demonstrando que não há prioridade nem respeito aos direitos da infância e da juventude, no Estado.
O deputado cobrou o empenho dos deputados membros da Frenpac, no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, que ocorrem em Manaus e nos municípios do interior. “Este ano realizamos audiências públicas em Autazes, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, Iranduba e Presidente Figueiredo, discutindo ações preventivas e de punição aos agressores, mas precisamos do apoio de todos”, frisou.
Luiz Castro citou casos de vereadores de Autazes e de Coari, denunciados por abuso sexual, mas que não sofreram qualquer  punição por parte das Câmaras Municipais e continuam em seus mandatos como se não tivesse praticado qualquer crime contra a dignidade de menores de idade.
A Frenpac continuará lutando, mesmo enfrentado dificuldades, enfatizou o deputado. “Não abrimos mão da defesa dos direitos de pessoas tão vulneráveis, que são violentadas dentro da própria  casa, ou por vizinhos, por quem quer seja o criminoso”, afirmou.
A pesquisa coordenada pelo IBGE, entrevistou estudantes de 13  a 15 anos de idade. No Amazonas, entre os meninos, 4,6% relataram ter sofrido abuso e, entre as meninas 7,8%. Entre os menores forçados a ter relações sexuais 9% disseram que o agressor foi o pai, a mãe, padrasto e 16,5% disseram ter sido violentados por outros parentes.
A maior parte dos estudantes (30,7%) relatou ter sido obrigada a ter relações sexuais com namorados ou namoradas, com amigou e com desconhecidos. O maior número de casos ocorre com os alunos das escolas públicas.

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