Parasita

  1. 1. BIOLOGIAdiz-se de ou organismo que vive de e em outro organismo, dele obtendo alimento e não raro causando-lhe dano.
  2. 2. PEJORATIVO•PEJORATIVAMENTEdiz-se de ou indivíduo que vive à custa alheia por pura exploração ou preguiça.

Pois é, mais uma vez a fala de um expoente ministro do governo Bolsonaro extraída maliciosamente do contexto por muitos daqueles que nem se deram ao bom dever jornalístico e à boa comunicação de ouvir o discurso na sua íntegra, causa desnecessária polêmica ou, porque coube como uma luva em muitos dos que se incomodaram (a carapuça pegou) ou, porque tratam-se dos mesmos meios e pessoas de sempre as quais precisam criar fatos e se apegam a tiradas, frases, conversas e papos oficiais ou corriqueiros de membros de um governo que, por não ter papas na língua, diz na venta muitas verdades que teimavam em ficar escondidas embaixo dos tapetes palacianos.

Num país cujos professores em quase todos os níveis, técnicos e profissionais da saúde, agentes da segurança pública e muitas outras categorias de servidores amargam percepção de salários aquém das suas importâncias, não foi a esses que o Ministro da Economia quis dirigir essa palavra. Faço parte e sirvo com muito orgulho há quarenta anos na aérea da saúde pública e nem um pouco me senti ofendido posto que estou mais para mutualista ou simbionte do que pra parasita do estado. 

Penso que o ministro quis direcionar sua palavra para um grupo de servidores ou agentes públicos que fazem parte do cimo da pirâmide ou àqueles que compõem uma casta intocável onde se situam magistrados, ministros e membros do judiciário, servidores do poder legislativo, membros dos tribunais de contas, professores universitários estaduais e federais, policiais federais, etc. cujos salários altíssimos, o poder de barganha que possuem e a pouca produtividade e os baixos resultados que produzem para a sociedade, os colocam muito acima dos interesses nacionais pois nunca estão satisfeitos com seus altos salários e mordomias as quais se locupletam mensalmente do estado.

Bom, que a carapuça caiba em quem assim se sentiu ofendido e, que mais membros do governo federal, digam verdades na lata de quem as precisa ouvir mas, que a boa imprensa saiba captar essa verdade sem subterfúgios ou má vontade, e leve ao público da maneira correta e ética.Que cada agente público faça um exame de consciência e reflita se cumpre seus deveres técnicos e profissionais com dedicação, esmero, ética e eficiência ou se está apenas sugando o estado atuando de forma inerme, ineficiente e temerária, estando mais para sanguessuga ou parasita mesmo.

Té logo!

*O autor é farmacêutico bioquímico e diretor-presidente da Fundação Hospital Alfredo da Matta