A presidente da Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), Karina Barros, explica que a gordura no fígado, também classificada como Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), está diretamente associada à má alimentação (rica em gorduras saturadas presentes em fast-food, enlatados e embutidos, por exemplo), ao diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo e outros fatores de risco, como as síndromes metabólicas (pressão alta, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides – nesses últimos dois casos, denomina-se dislipidemia).
No entanto, há pessoas magras (sem tendência a engordar) que também desenvolvem o problema, devido ao consumo de alimentos muito gordurosos.
“Há alguns anos, estimava-se que o número de brasileiros acometidos pela esteatose hepática chegava a 20%. Com a vida corrida, a falta de tempo e a comodidade de pedir um alimento pronto para consumo em casa ou no trabalho, sem a devida atenção às orientações nutricionais gerais, esse número já chega a 30%. Por isso, é preciso alertar as pessoas sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, através de um check up médico anual, por exemplo, e do controle das doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, que associadas à gordura no fígado, podem levar a quadros mais complicados à saúde e a tratamentos mais prolongados”, destaca Karina Barros.
O quadro de esteatose hepática se dá através do acúmulo excessivo de gordura (lipídios) nas células do fígado (os hepatócitos). Os laudos da esteatose hepática podem apontar grau 1 (esteatose hepática leve) quando há pequeno acúmulo de gordura; grau 2, quando há acúmulo moderado e esteatose hepática; grau 3, quando o acúmulo de gordura no fígado é grande e o quadro é mais preocupante.
Na maioria dos casos, o tratamento é feito através de dieta com acompanhamento nutricional, uso de medicamentos e exercícios físicos regulares, além de avaliação médica especializada e acompanhamento de clínico geral ou hepatologista.
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