“Não podemos perder mais vidas por causa de orientações erradas”, diz Eduardo

As orientações desencontradas por parte do Ministério da Saúde são responsáveis pela falta de vacinas para aplicação da segunda dose do imunizante contra a covid-19 em boa parte das capitais brasileiras, na opinião do senador Eduardo Braga (MDB/AM). Em entrevista à Globonews na noite deste domingo (02/05), o parlamentar criticou o fato de o Ministério ter autorizado os prefeitos a não reservarem parte das vacinas para a segunda dose, de forma a aumentar o ritmo da vacinação.

Eduardo Braga ponderou que o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não poderia ter liberado a aplicação imediata das vacinas sem ter segurança da reposição de estoques para a segunda dose. “Não podemos perder mais vidas por equívocos de orientação como esse”, alfinetou o senador, que tem criticado a falta de coordenação e planejamento do governo federal na condução do enfrentamento à pandemia.

O desafio, alertou o parlamentar, é retomar o ritmo da aplicação da primeira dose da vacina e garantir, paralelamente, a aplicação da segunda dose, de modo a não perder o esforço já feito até agora. A segunda dose, lembrou Braga, é fundamental para assegurar a proteção proporcionada pela vacina.

Isenção – Outro ponto de destaque na entrevista do líder do MDB à Globonews foi a defesa da isenção do trabalho da CPI da Pandemia, cujo objetivo maior, segundo ele, é “salvar vidas”. O diálogo “com quem quer que seja” não compromete a CPI, desde que não haja contaminação da política-partidária na comissão. “Não podemos é cair na armadilha de querer politizar essa CPI; é preciso manter a isenção e a imparcialidade na condução dos trabalhos”, alertou.

Para o senador Eduardo, uma das ações mais importantes da CPI é conscientizar a população de que, na falta de vacinas, a única forma de salvar vidas é mudar o comportamento individual e coletivo, usando máscaras e álcool em gel e evitando aglomerações. “Se para garantir essa mudança de comportamento for preciso conversar com o ministro Jair Bolsonaro, com o ministro da Saúde, que seja, não há mal nisso”, comentou.

O parlamentar também defendeu a apresentação de relatórios preliminares, a cada etapa de trabalho concluída pela CPI da Pandemia. Com essa sistemática, será mais fácil, na avaliação de Braga, esclarecer responsabilidades e tomar as providências necessárias para corrigir os rumos no combate à proliferação da covid-19.

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