Mudanças no comando da PM reforçam posição do comandante e enfraquecem Cabo Maciel

O coronel Ayrton Norte, comandante da Polícia Militar do Amazonas, conseguiu o que queria. Depois de uma conversa dura com o governador Wilson Lima (PSC), ele não apenas se manteve no cargo, como também convenceu o mandatário a trocar o restante do comando, exonerando o subcomandante  e o chefe do Estado maior, que haviam sido indicados pelo deputado Cabo Maciel (PR) e pelo grupo a que este pertence, para nomear oficiais mais alinhados com a filosofia de Norte.

Norte se ressentia da ausência de aliados dele no comando e por isso estava acumulando funções que podia dividir com o subcomandante. É que o coronel PM Disney de Lima Brilhante não se alinhava a ele, até poque tinha sido nomeado por indicação de um grupo distante do comandante. O chefe do Estado Maior, coronel Marcelo Harraquian da Silva, também não estava se entendendo com o superior. Caberia a ele ser o ordenador de despesas da PM, mas o oficial se negava a assumir a função.

Sobrecarregado, Norte procurou o governador na semana passada e disse que preferia sair a continuar trabalhando daquela forma. Satisfeito com o trabalho do comandante, Wilson Lima pediu que ele ficasse e o autorizou a troca o comando. Brilhante e Silva acabaram sendo exonerado. Para a chefia do Estado Maior, cargo que assume a ordenação de despesas, foi nomeado o coronel Ronaldo Negreiros da Silva. O novo subcomandante ainda está sendo escolhido e será nomeado nos próximos dias. Há um desacordo entre o comandante e o secretário de Segurança, coronel PM Lourismar Bonates, sobre o nome do futuro ocupante do cargo.

Brilhante afirmou ontem que foi comunicado da exoneração por telefone, mas ele já sabia que a situação era insustentável.

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