MP-AM quer saber que funcionários deixaram de comparecer a treinamento para combater H1N1

A 58ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública quer receber, até o dia 15 de março, a listagem dos profissionais das Secretarias do Estado e dos municípios que deixaram de comparecer aos treinamentos e capacitações para combater as viroses que estão matando no Amazonas. Também pediu informações sobre a fiscalização dos serviços prestados por empresas privadas que cuidam da limpeza das unidades de saúde.

As demandas foram apresentadas aos gestores durante audiência realizada ainda na semana passada, antes do Carnaval, como parte de um Procedimento Administrativo instaurado pelo órgão ministerial para acompanhar as providências que estão sendo tomadas no âmbito do combate às viroses que vêm acometendo os amazonenses no período de chuvas.

As secretarias de saúde do Estado e do Município de Manaus, bem com a FVS, informaram ao MP-AM as providências adotadas para enfrentar o problema do vírus H1N1, como gerenciamento de leitos, abastecimento de medicamentos e insumos, treinamentos de servidores, entre outras.

Diante de problemas apontados na audiência e de cobranças feitas pelo MP-AM, as secretarias de saúde e a FVS assumiram uma série de compromissos, como repassar ao MP-AM a lista dos Hospitais privados que receberam o medicamento Tamiflu, de fazer o controle das receitas do medicamento para investigar as causas do não fornecimento do medicamento, providenciar a divulgação física nas recepções das unidades privadas de saúde sobre a distribuição gratuita do Tamiflu nas unidades públicas.

A promotora de Justiça Cláudia Câmara, titular da 54ª PRODHSP, cobrou da Susam a correta fiscalização dos contratos com empresas responsáveis por serviços gerais nas unidades de saúde. Ela destacou que, por contrato, as empresas devem fornecer álcool em gel e sabão para lavagem das mãos às unidades, porém, inspeções realizadas pela 58ª PRODHSP mostraram que o fornecimento desses materiais não é feito a contento. A titular da 58ª PRODHSP, Promotora Silva Nobre, relatou também ter encontrado o problema em inspeções. A Semsa e a Susam assumiram compromisso de advertir todas as empresas sobre a necessidade de se cumprir os protocolos de segurança do paciente, advertindo sobre as consequências penais e civis acerca da má prestação de serviço.

 

 

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta