Ministro das Minas e Energia quer vir a Manaus conhecer o trabalho da Cigás

A necessidade de ampliar a produção e distribuição do gás natural e usá-lo na geração de energia elétrica foi um dos assuntos discutidos pelo governador Wilson Lima com o ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, na manhã desta quarta-feira (10/07) em Brasília. O ministro disse ao governador que virá ao Amazonas, ainda neste ano, para conhecer as áreas de exploração de petróleo e gás e o trabalho desenvolvido pela Companhia de Gás do Amazonas.

“Queremos fomentar a atividade de exploração do gás natural e usar cada vez mais para produzir energia limpa no Amazonas, e os nossos técnicos da Secretaria de Planejamento Energético estão à disposição dos técnicos do Governo do estado”, disse o ministro a Wilson Lima.
O Governo do Amazonas e o Ministério de Minas e Energia alinharam que vão estudar juntos a possibilidade de aumentar a distribuição do gás natural e ampliar o uso na geração de energia elétrica. A ideia é incluir a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP), órgão vinculado ao ministério, nas discussões.
Fomentar a cadeia do gás natural tem sido uma prioridade do Governo do Amazonas. Em junho, Wilson Lima visitou a base de exploração da Rosneft, em Tefé, e assinou um protocolo de intenção com a empresa, líder da indústria de petróleo da Rússia e a maior companhia de petróleo do mundo de capital aberto. A empresa pretende ampliar as atividades desenvolvidas no Amazonas com foco na ampliação da exploração, produção e comercialização do gás natural, bem como na produção e geração de energia a partir dele.
O ministro de Minas e Energia adiantou que também tem uma reunião agendada com representantes da Rosneft para este mês.
Geração de emprego e renda – Para o secretário de Planejamento Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jorio Veiga, fomentar a cadeia produtiva do gás natural produz ganhos na geração de emprego e renda, o que vem sendo trabalhado de forma incansável. Além disso, o Amazonas acaba aumentando sua contribuição e dando ainda mais segurança ao sistema energético do Brasil quando esse gás é transformado em energia limpa.
“Quando fomentamos a cadeia produtiva do gás natural, geramos empregos e isso é bom para a interiorização da economia, algo que o governador Wilson Lima vem defendendo muito desde o início deste governo”, acrescentou Jorio Veiga.
Mineração – Wilson Lima também conversou com o ministro Bento Albuquerque sobre os avanços para a exploração do potássio na região de Autazes e Maués. A reserva do Amazonas é uma das maiores do mundo e o levantamento mais atual revelou que ela pode produzir potássio durante 30 anos, o que atenderia o mercado nacional, já que o Brasil importa 70% do potássio que consome, principalmente na agricultura.
“O ministro sabe que o Amazonas vive um novo momento em que precisamos criar novas matrizes econômicas e fomentar as atividades que já existem. Discutir a questão da mineração e da geração da energia a partir do gás com ele, participando ativamente, é muito importante”, afirmou Wilson Lima.
Produção de gás – O combustível a partir do gás natural é até 50% mais barato que os demais disponíveis e já vem sendo usado como solução energética transformadora pelas principais empresas do Polo Industrial de Manaus, além de representar atratividade para novos negócios na região.
Atualmente, 43 indústrias, dentre elas Honda, Samsung, Yamaha, Ambev, Coca-Cola e Britânia, somam consumo médio de gás natural superior a 95 mil metros cúbicos por dia.
Em junho de 2019, o volume comercializado de gás natural no Amazonas foi de 4.372.560 m³/dia. Deste total, 4.269.294 m³/dia foram destinados ao segmento termoelétrico, principal consumidor do Estado, e 88.084 m³/dia às indústrias, enquanto o segmento comercial, em expansão na capital junto com o segmento residencial, teve volume de 2.347 m³/dia no período.
Atualmente, Manaus possui 120 quilômetros de rede de distribuição de gás natural da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), número em crescente ampliação com foco atual para atendimento do varejo (comércios e residenciais coletivos). Até a primeira semana de julho, 71 comércios da capital já usufruíam dos benefícios do gás natural, enquanto 231 unidades consumidoras residenciais foram atendidas.
 
FOTO: DIEGO PERES

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