O governador José Melo acampou novamente em Brasília esta semana e montou uma agenda extensa até quinta-feira, justificando que trata da viabilização de recursos para o Estado. Paralelamente ele acompanha e articula de perto a votação do recurso em que pede ao Tribunal Superior Eleitoral que reveja a cassação de seu mandato pelo Tribunal Regional Eleitora.
Em press-release divulgado hoje, a Secretaria de Comunicação do Estado faz um jogo de adivinhação, dizendo que o governador poderia levantar R$ 552 milhões provenientes de empréstimos, depósitos judiciais e royalties de gás natural. O cálculo, segundo a nota, não inclui o valor da fatia que deve ser liberada aos estados oriunda do Programa de Repatriação do Governo Federal.
Um dos compromissos de José Melo, na manhã desta terça-feira, 22, foi um encontro prévio de governadores na residência Oficial do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, onde eles pretendiam unificar propostas relativas à Repatriação e à liberação de empréstimos pelo Presidente Michel Temer para os estados que têm classificação de risco A ou B na avaliação do Tesouro Nacional, posição na qual o Amazonas está contemplado.
Após alinharem a posição, os governadores tiveram uma reunião com o presidente Michel Temer, às 14h30, no Palácio do Planalto.
Liberação de Recursos – Antes da reunião de governadores, José Melo esteve na presidência da Caixa Econômica Federal, onde tratou da liberação de R$ 80 milhões provenientes de depósitos judiciais administrados pela instituição. Melo se reuniu com o gerente nacional da Gerência de Poder Judiciário da Caixa, Marcelo Henrique Sandes.
O governador disse ainda que o empréstimo de R$ 300 milhões junto ao Banco do Brasil está em fase final. Ele diz que quer obter ainda mais de R$ 150 milhões em royalties junto à Petrobras. O financiamento de R$ 300 milhões para o Estado seria proveniente do Programa de Sustentação dos Investimentos Públicos e ainda precisa de aval da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
Outro assunto na agenda montada por José Melo seria a liberação de recursos provenientes de royalties do gás natural explorado em Urucu, que vêm sendo depositado judicialmente pela Petrobras desde quando a estatal passou a questionar o direito do Estado a uma fatia maior no benefício, já reconhecido pela Agência Nacional do Petróleo. A quantia retida já chega a R$ 172 milhões.
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