Hissa volta a atacar o correligionário Amazonino, sem citar o nome

Desde o início da atual campanha eleitoral, o presidente regional do PDT, Hissa Abrahão, vem se desentendendo com o governador Amazonino Mendes, seu correligionário. Ontem, ele voltou ao ataque contra o ex-aliado, em dura postagem das redes sociais, sem citar nomes. “Basta da velha prática política, o povo não aguenta mais, o povo não suporta mais aqueles que querem o poder o tempo todo, a todo custo”, diz ele logo no início do texto, reproduzindo fala do candidato de oposição, Wilson Lima (PSC).

Abrahão acusa Amazonino de abandonar o partido, inclusive financeiramente. Assim como o senador Omar Aziz (PSD) e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), ele se queixa de que p correligionário não cumpriu os acordos feitos quando foi apoiado por eles para reconquistar o Governo, na eleição suplementar de 2017.

“O dia do ‘basta’ está chegando, a inteligência popular irá vencer a ganância e o atraso que vem camuflado de experiência. Falam de experiência, como se esse fosse o único caminho, como se o conhecimento não fosse universal, como se não fosse possível ouvir as pessoas pra escolher a melhor decisão de governo. Saber governar, é saber fazer boas escolhas, é saber escolher uma boa equipe de técnicos, é simplesmente ter muita vontade de querer acertar, de fazer o bem, de não pensar em si próprio, saber governar, é priorizar os oprimidos, os que mais precisam, os que dependem mais dos serviços públicos de saúde, educação, saneamento básico e muito mais. Ao Amazonas, torço para que velhas práticas sejam abolidas e que se permita compreender que o Novo deve vir, um pouco tarde até …, mas deve vir…, e cabe a nós, apostarmos”, ataca o deputado, claramente defendendo a eleição de Wilson.

Abrahão desistiu de disputar a reeleição para deputado federal. Nos bastidores, defendia a candidatura do senador Omar Aziz ao Governo. Este último o convenceu a sair candidato ao Senado e o apoiou, inclusive bancando a produtora que gravou seus programas eleitorais. O deputado pagou caro, entretanto, pela ousadia. Amazonino dinamitou suas bases no interior do Estado. Mesmo sendo o terceiro colocado em Manaus, com quase 300 mil votos, ele sucumbiu nos demais municípios, aonde obteve pouco menos de 70 mil votos. Isso o colocou em sexto lugar no cômputo final, só vencendo os dois candidatos a senador do PSOL, que praticamente não fizeram campanha.

Após a eleição, o deputado deve tentar manter o comando do PDT e se Amazonino perder a eleição para o Governo, pode abrir processo de expulsão dele do partido, como alguns aliados já comentam abertamente.

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