Greve que para 100% dos ônibus só pode ter apoio do Sinetran. Jogada ensaiada só prejudica população

Manaus amanheceu sem a sua frota de ônibus nas ruas hoje. Apesar da decisão da juíza do Trabalho Eliane Leite Corre, que havia determinado que fosse mantida a circulação de 100% da frota de ônibus, proibindo que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus de realizar qualquer tipo de paralisação, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, os rodoviários mantiveram o movimento e nenhum veículo saiu das garagens, forçando a população a usar meios alternativos – e mais caros – de transporte.

Sabendo que um movimento como este só ocorre se tiver o apoio das empresas, a Prefeitura liberou a circulação de ônibus alternativos.

Os rodoviários justificam o movimento afirmando que não recebem o reajuste de 10%, determinado pela Justiça do Trabalho, desde meados do ano passado. Na verdade, estão junto com os empresários num movimento cujo objetivo principal e forçar a Prefeitura a conceder o reajuste na tarifa, que o prefeito Arthur Neto vem segurando há pelo menos três anos.

Em nota, A Prefeitura de Manaus lamentou que o Sindicato dos Rodoviários não tenha cumprido a decisão judicial “que determinava a não paralisação de um serviço essencial à população, como o transporte coletivo”.

“O poder público municipal sempre se pautou pelo respeito à categoria, auxiliando, inclusive, na intermediação do diálogo entre empresários e trabalhadores. A categoria reivindica o pagamento dos Dissídios Coletivos de 2016, que tem data base até o dia 1º de maio e está sob análise do Tribunal Superior do Trabalho (TSE). Como forma de pressionar a Justiça, o sindicato entende que a melhor forma de agir é deixando a população sem ônibus”, continua a nota.

“Para que os usuários do sistema não sejam ainda mais prejudicados, a Prefeitura de Manaus está liberando a circulação de ônibus executivos, alternativos e mototaxis até o Centro da cidade”, concluiu.

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