Governo volta a perder a maioria na Assembleia Legislativa, mas entende que não precisa mais dos deputados

Se toda a bancada aliada do grupo liderado pelo senador Omar Aziz (PSD) e pelo prefeito Arthur Neto (PSDB) adotar a mesma posição anunciada ontem pelo deputado Carlos Alberto (PRB), o governador Amazonino Mendes (PDT) terá seriíssimas dificuldades em qualquer votação daqui para frente, a começar pela que está marcada para a semana que vem, do decreto que anula o aumento salarial concedido aos membros do primeiro e segundo escalões. Mas o Governo avalia que não precisa mais de maioria este ano.

Até agora Amazonino contou com os votos de 13 dos 24 deputados. Mas apenas sete são realmente aliados dele e estão nos partidos que compõem hoje seu grupo político: Waderley Dallas (SD), Vicente Lopes (PV), Orlando Cidade (PV), Dermilson Chagas (PP), Belarmino Lins (PP), Adjuto Afonso (PDT) e Doutor Gomes (PRP). Os outros seis são do grupo de Omar/Arthur: Josué Neto (PSD), Ricardo Nicolau (PSD), Mario Bastos (PSD), Sidney Leite (PSD), Augusto Ferraz (DEM) e Carlos Alberto (PRP). Esta bancada deve se dividir ao maio nas próximas votações, reduzindo para apenas dez a quantidade de parlamentares com quem o governador possa efetivamente contar.

Dois deputados estão na linha intermediária e podem eventualmente se aliar ao Governo, dependendo da orientação de seus partidos: Alessandra Campelo (MDB) e Sinézio Campos (PT).

Os outros nove parlamentares estão com o pé fincado na oposição: David Almeida (PSB), Serafim Corrêa (PSB), Platiny Soares (PSB), José Ricardo Lula (PT), Luiz Castro (Rede), Abdala Fraxe (Pode), Francisco Souza (Pode), Sabá Reis (PR) e Cabo Maciel (PR). Estes dois últimos vão depender ainda do posicionamento de seu líder, o deputado federal Alfredo Nascimento (PR), que pretende disputar o Senado e namora com vários grupos. Por enquanto, os dois votos são contabilizados contra Amazonino.

Na semana passada um deputado governista procurou o governador e manifestou preocupação com a situação. A resposta de Amazonino foi enfática: “Eu não preciso mais da Assembleia para nada até a eleição. Não enviarei mais nenhuma matéria importante”.

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