Fama, fracasso e castigo

Você, caríssimo leitor, já parou para imaginar quem seriam certos anônimos, mal amados e mal acabados personagens hoje “famosos”, se não fosse o coronavírus e a pandemia que esse vírus causou na humanidade?
Você já tinha ouvido falar alguma vez no nome do homem que comanda a Organização Mundial da Saúde? Pois bem, esse personagem controverso é acusado em seu país de, num passado recente, minimizar uma epidemia de cólera ao sustentar que a doença que dizimava sua gente, era apenas uma “diarreia aquosa”, tão somente para esconder do mundo sua incompetência enquanto ministro da saúde de lá. Seus compatriotas protestaram e muito contra sua indicação para a OMS que foi avalizada pela China comunista.
Quem era antes aquele reles deputado do Estado de Mato Grosso e que virou ministro da saúde? Existe contra o ex ministro uma série de denúncias de corrupção quando o mesmo foi secretário de saúde do seu estado inclusive respondendo a vários processos de uso do hospital da família para proveito eleitoral.
Quem conhecia, a não ser pela notória habilidade familiar de se envolver em escândalos de corrupção e desvios morais de conduta, aquele ex governador do nosso estado e hoje presidente da CPI da CoVid? O cara e sua família estão envolvidos até o gogó, no maior esquema de desvios de dinheiro público exatamente na área da saúde.
Dá pra imaginar quem seria o senador alagoano relator da CPI da CoVid não fosse o escândalo provocado pelo envolvimento amoroso com uma jornalista de seu gabinete cujo salário era pago com dinheiro da corrupção, grana essa também quer irrigava suas campanhas eleitorais e que vinha de achaques às empreiteiras?
E o que dizer de uma meia dúzia de ministros do STF antes figuras absolutamente discretas e desconhecidas, os quais protagonizaram uma série de desmandos judiciais em torno da pandemia? Estes mesmos ministros, tiraram em muitas ocasiões, o poder decisório do governo federal sobre as ações de enfrentamento à pandemia, delegando aos governadores total liberdade para agir.
Pois é! Esses e mais alguns, forçaram e continuam a forçar a barra, num triste movimento de pegar carona na tragédia provocada pelo coronavírus e, a partir daí, se cafifarem eleitoralmente.
Querem tirar proveito e, abusando de alguns minutos de fama no picadeiro das instituições onde atuam, fazem das suas lamentáveis e questionáveis atuações, verdadeiros trampolins eleitoreiros por mais um mandato.
Os que ocupam assento nos parlamentos, passaram grande parte dos mandatos absolutamente anônimos em meio a uma atuação improdutiva e anacrônica.
Vivos e sabichões como só eles, se agarraram com unhas e dentes numa CPI de triste e duvidosa necessidade, tão somente para que os holofotes de uma mídia vingativa e descomprometida com a verdade, voltassem para si ainda que por um breve momento.
Entretanto, mais vivos e mais sábios que eles, devemos ser nós cidadãos esclarecidos, e discernirmos o que é atuação séria e em favor do povo e da nação, do uso descarado e recheado de hipocrisia dos espaços de debates e decisões em proveito próprio.
Para estes energúmenos, estará reservado na história da próxima eleição, o lugar merecido do ostracismo eleitoral pelo castigo de não mais se reelegerem.
Para estes oportunistas, o eleitor esclarecido e atento haverá de usar diante das urnas, os dedos e a memória, varrendo da história política do estado e do país, essas figurinhas abjetas.
As más condutas destes, talvez tardem a serem punidas, porém, jamais ignoradas ou esquecidas.
Os mandatos são efêmeros eles bem sabem. A fama também é passageira e eles o sabem mais ainda.
A cada quatro anos, o cidadão consciente usa do seu intransferível e inalienável poder de eleitor, para livrar-se dos péssimos representantes sejam em quais níveis se encontrem em termos de atuação política.
Oxalá, aquilo que esses maus políticos imaginam que sopra como bons ventos, recaiam sobre si como rajadas de vento impetuoso, trazendo consigo toda carga de derrota e castigo.
Té logo!