O aumento de casos de pessoas desaparecidas e de falsos sequestros no Amazonas foi denunciado nesta quarta-feira (19) pelo deputado estadual Wanderley Dallas. De janeiro a agosto deste ano, foram registrados 517 casos de pessoas desaparecidas em todo Amazonas.
O número de ocorrencias tem aumentado nos últimos anos, o que motivou o deputado a cobrar ações do Governo do Estado para auxiliar as famílias a encontrar os desaparecidos. Segundo Dallas, todos os dias somem, em média, 2,5 pessoas em todo Estado. “É um número alto, que coloca o Amazonas entre os Estados com maior índice de desaparecidos”, afirmou.
Na opinião do deputado, a secretaria de Segurança Pública do Amazonas deve executar ações com mais rapidez para evitar os casos de desaparecimento. “Se o problema é grave em Manaus, a situação fica pior no interior, devido a falta de fiscalização nos portos e estradas, por onde as pessoas desaparecem”, ressaltou Dallas.
A Delegacia Especializada em Ordem e Política Social (Deops) registou, ano passado, 851 casos de desaparecimento no Amazonas. Foram quase 71 casos por mês. A delegada da Deops, Catarina Torres, confirmou que os casos de pessoas desaparecidas têm aumentados nos últimos anos.
Situação semelhante tem acontecido com os casos de falsos sequestros. A ação dos criminosos atinge principalmente idosos, que recebem ligações telefônicas. Nestas ligações, os falsos sequestradores dizem que raptaram netos, filhos ou amigos das vítimas, obrigando-as a pagar pelo resgate.
Somente após realizar depósito nas contas bancárias dos criminosos, as vítimas percebem que caíram num trote. “Esse é um dos tipos de crime mais desumanos, pois mexe com a situação emocional das vítimas”, lamenta Dallas. “Já ocorreram casos de vítimas que morreram por ataque do coração devido ao estresse e ao abalo emocional”, ressalta o deputado.
Na tentativa de resolver o problema, o parlamentar disse que vai procurar apoio do deputado federal Marcos Rotta para apresentação de um projeto de lei que altere o cronograma de compensação dos depósitos bancários.
“Se conseguirmos aprovar o projeto, as vítimas teriam até 24 horas para cancelar depósitos e transferências bancárias decorrentes de ações relacionadas a crimes”, planeja Dallas.
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