Deputado questiona desempenho de órgãos públicos no combate à doença da urina preta

“Essas ondas de contaminações têm afetado a vida da população ribeirinha, dos pescadores, dos feirantes e a economia local. Por isso, falta acompanhamento prévio dos órgãos sanitários e campanhas de manipulação correta de alimentos, para evitar novos casos e mortes. O Governo do Estado e as prefeituras têm de ficar atentas a essas situações. Estamos falando de saúde pública e de geração de emprego e renda”, declarou Zé Ricardo (PT), sobre os casos de rabdomiólise recentemente detectados no Amazonas, destacando que toda essa situação gera medo na população e prejudica o pequeno produtor, que precisa de mais apoio do poder público.

ntre os meses de agosto e setembro deste ano, o Amazonas vem contabilizando casos de e, conhecida como “doença da urina preta”, supostamente por consumo de peixe contaminado. A situação já afeta nove municípios amazonenses, com 54 casos confirmados e uma morte, o que vem gerando temor na população e, como consequência, a redução da venda e do consumo de pescado, afetando os pequenos produtores e a economia do Estado.

Diante dessa preocupante realidade, o deputado federal Zé Ricardo (PT/AM) está questionando a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e a Fundação de Vigilância do Estado (FVS), inclusive, cobrando, via ofício, medidas urgentes de investigação e orientação para impedir novos surtos.

Ele destacou ainda que alguns municípios do Amazonas já apresentaram problemas recentes por infecção alimentar, com dezenas de pessoas contaminadas, supostamente pela ingestão de alimentos regionais, como açaí, tucumã, queijo coalho e mais recente, pelo consumo de peixes. Dos 54 casos de Rabdomiólise, por exemplo, 36 foram em Itacoatiara, quatro em Silves, quatro de Borba, três em Manaus, três em Parintins, um em Caapiranga, um em Autazes, um em Maués e um em Manacapuru.

Mas, em abril deste ano, foram notificados casos de contaminação com o açaí, no Município de Ipixuna, com cinco pessoas infectadas por Doença de Chagas; já no mês de julho, cerca de 30 moradores da Comunidade do Irapajé, no Município de Manacapuru, tiveram infecção alimentar, após consumo de tucumã, resultando em uma morte. E, neste início de setembro, houve, ao menos, sete interna­ções de moradores em Itapiranga, após ingestão de queijo coalho.

Para o parlamentar, a população não pode ficar com medo de consumir esses alimentos. Para isso, o poder público precisa agir e dar mais segurança aos moradores de todos esses municípios. “Já estamos vivendo períodos de grave crise econômica no país e no Estado, com a volta da fome e da miséria. Muitos dependem do peixe, do açaí, do tucumã para sobreviver, sobretudo, os ribeirinhos. E os órgãos de fiscalização e controle precisam dar uma resposta a todos”.

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