Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas na sessão desta quinta-feira, 21, a deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB) comentou a prisão do ex-governador cassado José Melo (Pros), preso pela Polícia Federal no desdobramento da operação Maus Caminhos – investigação que desarticulou uma quadrilha que desviada dinheiro da saúde.
“Eu acredito que essa prisão era previsível. É óbvio que, com tantos envolvidos na cúpula do Governo, também havia o envolvimento do ex-governador José Melo como cabeça de todo esse esquema de desvio de dinheiro público. Eu espero que agora as coisas se esclareçam e que, enfim, os culpados sejam punidos e que esse dinheiro seja devolvido para a população e a saúde pública do Estado”, comentou a deputada.
Na tribuna, Alessandra ressaltou que “não gosta de tripudiar” sobre quem está preso, mas não poderia deixar de fazer o registro. A deputada enfatizou que seu mandato tem feito denúncias em relação aos desvios na saúde pública, com as mortes de quase 200 renais crônicos, pacientes com câncer, cardiopatas e a falta de atendimento no interior, especialmente com a falta de instalação de mamógrafos para realização do exame fundamental para a prevenção do câncer de mama.
A deputada também destacou diversas denúncias feitas na gestão de Melo, como o escândalo das obras fantasmas denunciadas pelo ex-secretário de Infraestrutura Gilberto de Deus, além das suspeitas de corrupção nas obras da Cidade Universitária e Agência de Fomento do Amazonas (AFEAM) e contratos da pasta de Educação (transporte escolar e merenda escolar).
“Denunciamos aqui todos os desmandos feitos por esse Governo (de José Melo), fui ameaçada de morte por isso. Denunciamos que esse Governo cassado tinha sangue nas mãos, por isso não poderia deixar de falar desse assunto (da prisão) hoje. Não quero tripudiar sobre a dor da família de quem está sendo preso, mas não posso deixar de falar da dor das famílias que sofreram sem atendimento de saúde enquanto desviavam os recursos públicos”, disse a deputada.
Em memória de Alexandre
Alessandra finalizou seu discurso lembrando a morte do militante político Alexandre César Gomes, 33, ligado ao PDT, ocorrida no dia 13 de fevereiro do ano passado. De acordo as investigações da Polícia Civil, o crime teve envolvimento de agentes públicos do alto escalão, entre os quais o ex-comandante da PM, coronel Marcus James Frota, e o ex-secretário de Administração do Estado, Evandro Melo, irmão do ex-governador cassado José Melo.
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