Depois da conversão de David Assayag, apóstolo “Teté” vira alvo de maledicentes

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No início dos anos 90 meu amigo José Alberto Amaral e minha amiga Celma me convidaram para conhecer um tal “Louvor na Praça”. Era um movimento direcionado aos jovens, que ocorria toda sexta-feira no extinto anfiteatro da Praça da Saudade. Fiquei impressionado com o que estava acontecendo ali. E olha que a música gospel ainda não havia explodido nem era modinha entre a rapaziada. Um dos líderes daquela iniciativa era o pastor Francisco Edivar Alves, que todo mundo chamava de “Teté”.

Franzino, ele podia ser confundido com qualquer flanelinha ou trombadinha que costumava frequentar aquela área. Mas com o microfone na mão virava um craque. E tinha um baita carisma.

Amaral e Celma eram fãs do cara e me convidaram para conhecer a igreja dele. Fui lá pela primeira vez numa noite de sábado. Ficava – e ainda fica – no bairro Santo Antonio. Percebi imediatamente que aquele era um ministério focado nos jovens.

O tempo passou, eu me afastei e só encontrei “Teté” nestes últimos 20 anos fortuitamente. Mas eis que, há duas semanas explodiu a notícia de que o toadeiro David Assayag se convertera e deixaria o Boi Bumbá Caprichoso para se dedicar à música gospel. O autor da façanha era o pastor franzino que eu conheci quase trinta anos atrás lá na Praça da Saudade – agora transformado em apóstolo, uma moda que veio do Sul.

A diferença do “Teté” para os outros líderes evangélicos é que ele olha o jovem ou aqueles que procuram sua igreja pela perspectiva deles, e não da instituição. Trabalhando nas frustrações, incertezas e fragilidades, ele resgata a pessoa, coloca no colo e dá carinho – no bom sentido, é claro. Foi isso que fez com o David. Sem exigir nada, nem que largasse o boi.

As críticas surgiram inicialmente dentro do segmento evangélico. Os mais radicais queriam David imediatamente fora do boi e cantando só para Cristo. “Teté” segurou a onda. “Temos que respeitá-lo. Ele tem contrato e precisa cumpri-lo. E como fica a família dele se perder a fonte de renda?”,  questionou.

Até aí, tudo tranquilo. O apóstolo está acostumado a ser contestado e não esquenta mais a cabeça com isso.

Ocorre que a árvore que dá fruto costuma ser apedrejada e logo surgiram apedeutas para “denunciar” “Teté” prática supostamente criminosa.

Voltando vinte e poucos anos no tempo, uma das coisas que percebi quando visitei a Igreja Aliança, onde o apóstolo trabalha, foi que a maioria dos jovens era de origem humilde. E a maioria dos testemunhos diziam respeito a vitórias simples conquistadas por eles, como um novo emprego, um aumento salarial ou quitação de dívidas. Isso fora a libertação das drogas, pule de dez entre os problemas mais enfrentados e vencidos com a ajuda da fé.

Pois bem, um destes apedeutas publicou em seu blog que “Teté” estava tomando bens materiais de jovens que não tinham dinheiro para dar à Igreja. O “furto” seria de coisa fina, tipo relógios Champion, canetas Bic, tênis Lacroxs, etc.

O que acontecia de fato? Nos famosos encontros, “Teté”, inspirado na conversa de Deus com Abraão – quando o primeiro pediu uma prova de amor ao segundo e exigiu o sacrifício de seu único filho – desafiava os jovens a provar a fé e o amor em Cristo. E perguntava quem ali tinha dinheiro. Ignorava quem levantava os braços e se dirigia ao restante: “Eu quero que você, que não tem dinheiro, me prove sua fé. Entregue agora alguma coisa muito valiosa para você à igreja”. Alguns topavam o desafio e pegavam a primeira coisa que estivesse ao alcance para doar.

Findo o desafio e festejada a fé de quem abriu mão do próprio bem, os líderes da igreja devolviam tudo aos donos, assim como Deus impediu Abraão de sacrificar o próprio filho para provar sua fé e seu amor.

“Teté” é um líder bem intencionado. Vive modestamente, tem uma família simples e sua Igreja cresce naturalmente, sem apelações. Foi isso que talvez tenha encantado David Assayag.

Melhor seria se os apedeutas mirassem quem explora a fé alheia. Tem aos montes por aí.

 

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Este post tem 2 comentários

  1. Daniela

    tudo verdade. O apostolo é um grande homem de Deus. quem o conhece sabe que o que ele faz é por amor…e com direção de Deus,.

  2. Marcelo Siqueira

    Desde que conheci Jesus há 20 anos atrás também o conheci, e uma das coisas que me ajudaram a permanecer na fé Cristã, foi a QUEBRA DE PARADIGMAS que ele, Ap. Teté, faz ao longo do seu ministério, pois, vim TAMBÉM do BOI e me considero ARTISTA E MUITO CTIATIVO. Onde eu ia me sentir acolhido se não na igreja onde este GRANDE HOMEM DE DEUS é o líder? Nunca me imaginei numa igreja “limitada” onde eu não pudesse exercer OS DONS que DEUS me deu.

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