De amanhã não passa: julgamento de Melo mobiliza a classe política e gera especulações

jose-melo-e-henrique-oliveira

Finalmente chegou o dia em que a sociedade vai conhecer o voto vista do juir Márcio Rys Meirelles, o último que falta para completar o placar do julgamento da chapa José Melo/Henrique Oliveira no Tribunal Regional Eleitoral. Eles são acusados de captar ilicitamente votos, mediante a troca de favores do tipo financiamento de formaturas, patrocínio de velório, etc. O processo teve origem numa ação da Polícia Federal às vésperas da eleição, em um comitê organizado por pastores evangélicos, em apoio ao governador.

Nos últimos dias, todo tipo de especulação foi divulgado. Primeiro, uma autoridade muito próxima a Melo espalhou que já teria conseguido reverter o placar, que na sessão do dia 17 de dezembro apontava 5 a 0 a favor da cassação da dupla. Ele inclusive arriscou que o placar final seria de 4 x 2, ou seja, três juízes mudariam o voto e Márcio Rys votaria contra o afastamento do governador.

Depois, deputados da base aliada passaram a comentar nos corredores da Assembleia Legislativa que a virada ocorreria graças a uma ação de “convencimento” dos juízes, no pior sentido.

Eduardo Braga, que seria o principal beneficiado com a cassação – a lei, à época da eleição previa que, em caso de afastamento do governador e do vice, assumiria o segundo colocado -, passa o final de semana em Manaus. Não veio acompanhar o julgamento e sim participar da missa de um mês de falecimento de sua mãe, Dorothéa, e depositar nas águas do rio Negro as cinzas dela. Estava extremamente tranquilo, mas não deu uma palavra sobre o julgamento. Seus aliados também evitam as especulações.

Por fim, nos corredores da Justiça comentava-se durante a semana que Meirelles afirmou, a grupo de amigos, que daria o sexto voto a favor da cassação, estabelecendo em 6 x 0 o placar. Com isso, ficaria nas mãos da presidente Socorro Guedes a decisão sobre o afastamento imediato de Melo ou sua permanência no cargo até o julgamento de recursos que ele certamente impetrará.

O governador tenta manter a normalidade no dia-a-dia de sua administração. Tem procurado dar várias declarações sobre ações futuras, como forma de induzir a classe política de que não será afastado do cargo. Internamente, entretanto, reina a tensão no grupo do poder.  E especula-se que, se até momento antes da sessão de amanhã do TRE Melo e Henrique perceberem que não tem jeito, eles podem renunciar ao mandato para não perder os direitos políticos.

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta