Cultura diabólica

*Por Daniel Melo

Há poucos dias o Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) postou um comentário onde defende a prática muçulmana do casamento entre homens adultos e crianças. Segundo o parlamentar, trata-se de uma questão cultural que deve ser respeitada.

É de pasmar uma declaração tão absurda vinda de um ser que se diz culto. Não sabe ele que as meninas muçulmanas são abrigadas a casamentos arranjados? Ignora ele que o corpo de uma criança não está preparado para relações sexuais?  Será que o nobre deputado desconhece a luta de muitas instituições que tentam libertar meninas escravizadas e vendidas como mercadorias?

Toda cultura que fere princípios fundamentais da vida deve ser rejeitada, venha de onde  vier. Por acaso vamos achar normal o canibalismo? Vamos aceitar que crianças sejam enterradas vivas em nome de certas culturas tribais que praticam o infanticídio?

Eu sou professor de antropologia cultural. Creio que as manifestações culturais de um povo devem ser respeitadas dentro de um limite ético. A cultura não pode sobrepor-se à vida; não pode ser motivo de morte ou de sacrifícios macabros. Homens lúcidos rejeitam pratica, que sob o manto da cultura escondem desejos animalescos. Cultura é vida, não é morte!

Portanto repudio as declarações do senhor Jean Wyllys que mais uma vez foi de uma infelicidade completa. Aproveito para conclamar os cristãos a intercederem pelas meninas e mulheres muçulmanas, vítima de uma cultura diabólica!

 

*O autor é pedagogo e pastor da Igreja Presbiteriana de Deus