Caso do segurança que arrastou mulher pelo chão do Samaúma levanta debate sobre discriminação em shoppings

O caso de um segurança, que não teve a identidade revelada, foi flagrado na noite desta terça-feira (27) arrastando uma mulher no chão do Sumaúma Park Shopping, localizado na avenida Noel Nutels, bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus (veja o vídeo ao final da portagem). A ação foi registrada por populares que testemunharam a ação. O fato gerou um debate nas redes sociais sobre a discriminação que ocorre em centros de compras de Manaus. A maioria lembrou que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, circulou pelo Manauara Shopping sem máscara, desobedecendo às regras sanitárias, sem ser incomodado em nenhum momento pelos seguranças no último domingo (25).

No caso do Samaúma, a mulher em questão circulava pelo estabelecimento pedindo comida às pessoas que andavam pelo local, sem ameaçar ninguém, segundo a pessoa que fez as imagens. Nelas é possível ver que vários frequentadores correm na direção do segurança quando ele arrastou a pessoa, no intuito de socorrê-la.

O debate sobre discriminação foi incentivado pela própria nota divulgada pelo Samaúma. “Os clientes começaram a ser incomodados por uma mulher adulta, ainda não identificada, quando a equipe de segurança orientou que a mesma deixasse o local.” De acordo com o shopping, a mulher se descontrolou e “começou a agredir o segurança, chegando a cuspir em seu rosto” e foi “retirada de forma inapropriada e fora dos padrões dos treinamentos realizados pela empresa de segurança”. O shopping finaliza o esclarecimento dizendo “que não compactua com a atitude do funcionário e que irá reforçar treinamentos de suas equipes”. Não fala em punição e condena com igual ou maior ênfase a atitude da vítima.

O Samaúma se limitou a dizer que “a ação do segurança será investigada pela direção”. No caso do Manauara Shopping, este reconheceu o erro de deixar Pazuello entrar no recinto sem máscara e disse que o orientou a procurar uma loja que vendesse o acessório. Ele só teve acesso ao utensílio porque outra frequentadora o presenteou. Mas apesar do incômodo que causou, o general não foi abordado pelos seguranças nem orientado a sair.

Veja o vídeo:

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