Promotor quer impedir que prefeito pague R$ 145 mil a cantora

O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Nhamundá (AM), impetrou, na última sexta-feira (10), uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura local para impedir que o prefeito Gledson Hadson Paulain Machado (PROS) gaste R$ 145 mil com o cachê da cantora baiana Solange Almeida contratada para se apresentar na Exposição Agropecuária da cidade, marcada ser realizada de 24 a 26 deste mês. Os promotores também atacam outros gastos.

Na ação, o promotor de Justiça Wesley Machado cita que, no fim do mês de Abril, o MPAM já tinha expedido recomendação para que a prefeitura não prosseguisse com os gatos, considerados exorbitantes, em detrimento da situação “caótica” da administração municipal local, mas que não obteve qualquer resposta por parte do Poder Municipal local.

“Com base nas supracitadas informações oficiais, na festa da Agropecuária de Nhamundá, ano de 2019, serão gastos mais de RS 145.000.00 (cento e quarenta e cinco mil reais) só com o pagamento da artista Solange Almeida. Acresça-se a esse valor os gastos com as passagens aéreas da artista e da sua banda, alimentação e hospedagem. Assim, até a presente data, não se sabe nem mesmo quanto será desembolsado pela pequena prefeitura do interior do Estado do Amazonas, que não consegue pagar os seus débitos, fornecedores e servidores”, diz um trecho da petição.

O documento também descreve os problemas de atrasos de pagamento dos servidores municipais, grave situação de trafegabilidade de várias ruas da cidade e até de penhora on line das contas da prefeitura. O Promotor de Justiça pede, dessa maneira, a suspensão do pagamento do cachê à cantora e o bloqueio do valor das contas da Prefeitura. A ação, endereçada ao Juiz da Comarca de Nhamundá, prevê também a apuração de eventual improbidade administrativa por parte do Prefeito.

RECADO

Ao toma esta medida, Machado, considerado um promotor duro, manda um recado para colegas de municípios que costumam gastar muito com show de atrações nacionais, em detrimento do atendimento de demandas básicas da população, como Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo.

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