Por Carlos Santiago*
Ando muito chorão. Choro quando tudo está dando errado, mas também choro quando tudo parece certo.
Não é um choro de recém-nascido que busca expor as suas necessidades básicas pra viver e nem de uma criança que chora para chamar atenção dos pais, muito menos um choro de um adolescente por causa de um amor.
Também não é um choro de uma pessoa adulta que derrama lágrimas por perdas de parentes ou amigos próximos. Tão pouco é um choro de uma pessoa idosa, quando se sente abandonada pelos filhos ou sofre preconceito.
As reais razões dos meus momentos de choros ainda não sei. Talvez a explicação esteja nas ciências. Nos problemas hormonais masculinos bem característicos da idade ou pode estar relacionado a motivos emocionais: amores, paixões, medos e outros.
Os choros podem ser, talvez, reflexos do ambiente social e político do Brasil: corrupção, pobreza, violência, baixa educação e a falência das ideias que apontavam para um mundo de paz e solidário.
Pode ser que os meus choros sejam tão somente reações físicas e emocionais para que eu possa continuar suportando as desesperanças das pessoas e a falta de um Brasil bem melhor pra viver.
Há quem diga que homem não chora. Mas sinto que chorar é muito bom pra lavar a alma, liberar o estresse do corpo e continuar acreditando na vida e nos sonhos.
*O autor é sociólogo, analista político e advogado.
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