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O presidente da Câmara Municipal de Manaus, Wilker Barreto, é um político ambicioso. De maior defensor da administração Amazonino Mendes, tornou-se num piscar de olhos líder do prefeito Artur Neto e depois presidente do Legislativo Municipal, sempre com um pé fisiológico no poder. Neste momento, seu foco está em compor a chapa majoritária na eleição municipal de 2016. Para isso, tem dificultado muito as coisas para o Executivo nos bastidores, embora se comporte totalmente diferente na frente dos holofotes.
Nos últimos dias, Wilker trombou diretamente ou usou outros vereadores para afrontar a secretária municipal de Educação, Kátia Serafina; o secretário municipal de Infrasestrutura, coronel PM Alexandre Moraes e o secretário de Governo, Márcio Noronha. Coincidentemente os três auxiliares mais próximos do prefeito Artur Neto.
Em relação a Kátia, a pressão é a de sempre: cargos e funções de apadrinhados dos vereadores. Wilker deu corda a não mais poder nos governistas para convocá-la a uma reunião na Câmara, sob o pretexto de cobrar uma posição sobre a retirada da gratificação dos técnicos da Secretaria, quando na verdade a intenção era pressioná-la por questões fisiológicas.
Moraes entrou na mira por causa de obras reivindicadas por Wilker e Noronha por ser o “escudo” do prefeito. O presidente da Câmara não quer o secretário de Governo despachando com ele e com os demais vereadores e sim ele próprio coordenando esse contato. Por isso não perde uma chance de cutucá-lo, direta ou indiretamente.
Os movimentos de Wilker têm incomodado e desanimado os secretários, que não são políticos e sim técnicos sem muita vivência neste meio. Eles se vêem impedidos de cumprir suas missões a contento para dar atenção às tratativas menores, mas insistentes, do vereador.
Artur, por enquanto, só observa. Sabe que não pode se desgastar com os vereadores. Mas também se incomoda com a ação do vereador, que gostaria de ser seu vice em 2016 e trabalha forte para isso. Se continuar usando estes métodos, entretanto, vai ter que se conformar em concorrer à reeleição, sem o apoio da máquina.
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