“É fraco demais”. “Cadê a renovação?”. “Não era isso que esperávamos”. As expressões estão sendo usadas repetidamente por aliados importantes do governador Amazonino Mendes nas últimas horas, depois que a lista dos membros do novo primeiro escalão foi divulgada. As críticas são direcionadas principalmente aos novos novos anunciados, como o secretário de Cultura, Denilson Novo, e a secretária de Juventude, Esporte e Lazer, Janaína Chagas, considerados pelos críticos sem preparo e currículo para os cargos.

No fundo, as críticas e devem ao fato de que o governador fez escolhas pessoais, sem consultar aliados como o senador Omar Aziz e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. É certo que os dois se manifestaram dizendo que o deixariam à vontade para escolher quem quisesse, mas esta é uma postura para a plateia. Na realidade, eles gostariam de ser pelo menos ouvidos para opinar sobre os nomes, o que não ocorreu.

O secretariado é formado basicamente por antigos aliados de Amazonino e companheiros da campanha recente. Exceção feita ao secretário de Educação, José Augusto de Melo Neto, uma surpresa tirada da cartola pelo “Negão” e um dos motivos principais de descontentamento do grupo do senador Omar Aziz, por exemplo.

Os fiéis escudeiros continuam firmes: Alfredo Paes na Fazenda; Francisco Deodato na Saúde; Aparecido dos Santos na Produção; Ângela Bulbol na Administração e José Alves Pacífico no Gabinete Civil – ele foi nomeado secretário extraordinário, mas retornará ao posto quando Amazonino recriar a Secretaria de Governo, extinta por José Melo, para onde será deslocado o deputado Sidney Leite.

A eles foram acrescentados dois políticos que sempre desejaram ter luz própria: o vice-governador Bosco Saraiva, que assumiu a Segurança, e o próprio Leite. E ex-prefeitos do interior que rezam na cartilha do governador de plantão.

Os aliados entendem que, ao optar por uma formatação totalmente sua, Amazonino indica que quer disputar a reeleição. E isso não agrada a ninguém.