Aliados de Omar continuam no Governo, o que gera dúvidas quanto ao rompimento com Amazonino

O blog ouviu há pouco um aliado muito próximo do governador Amazonino Mendes (PDT), querendo saber se ele considerava o rompimento com o senador Omar Aziz (PSD) irreversível. A resposta foi: “Nunca houve, nunca ouvi nenhum falar mal do outro em público. Queixa de político nos bastidores é normal, mas só se ´racha´ quando o povo é informado”.

De fato, há alguns indicativos que apontam para a possibilidade de uma reaproximação. Aliados preferenciais de Aziz, por exemplo, não deixaram os cargos que ocupam no Governo – caso da secretária de Ação Social, Auxiliadora Abrantes, a “Dorinha”, e do diretor do Departamento de Proteção ao Consumidor, Paulo Radin, administrador do partido do senador.

Além disso, Andrezza Cavalcanti,a esposa do deputado José Neto (PSD), um dos mais fiéis aliados de Aziz, foi nomeada secretária executiva adjunta do Fundo de Promoção Social há um mês, às véspera do prazo de desincompatibilização. E o parlamentar não tem fincado posição na oposição ao Governo na Assembleia. Alias, nem ele nem nenhum colega filiado a algum partido posicionado no grupo liderado pelo senador.

O AFASTAMENTO

Aziz foi o “inventor” da candidatura de Amazonino ao Governo no ano passado. O veterano político estava praticamente aposentado desde 2012, quando deixou a Prefeitura de Manaus sem sequer disputar a reeleição. Venceu a eleição suplementar para governador até com certa facilidade.

Tudo indicava que os dois caminhariam juntos por bastante tempo, mas em janeiro deste ano Aziz começou a dar sinais de insatisfação com o aliado. Reclamava da falta de espaços para seu grupo no Governo. Chegou a dizer que não indicou nenhum nome para o secretariado, o que não era verdade, posto que ele influenciou decisivamente em várias escolhas.

Mas foi quando Amazonino apeou de cargos na Secretaria de Educação os aliados do deputado Pauderney Avelino (DEM) que o afastamento se consumou. Há três meses os dois deixaram de se falar.

Á insatisfação de Aziz reuniu-se o aborrecimento do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), outro fiador da candidatura de Amazonino no ano passado. Este último tem motivos bem claros para estar insatisfeito com o ex-aliado, que não teria cumprido o acordo de não se candidatar à reeleição nem ajudou Manaus a resolver seus problemas.

Os dois encabeçam hoje um grupo que conta em suas fileiras com pelo menos seis partidos: PSD, DEM, PRB, PSDB, PHS e PTB. Esse grupo já garante bom tempo de TV para uma candidatura ao Governo. Hoje, nos bastidores, comenta-se abertamente que a chapa já estaria formada e seria encabeçada por Aziz, com o deputado Arthur Bisneto (PSDB) como vice.

Não falta quem aposte na reaproximação dos dois grupos. “O Amazonino só não resolve as pendências se não quiser”, diz um aliado.

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