Luiz Ricardo, ao que tudo indica, tem a complacência da maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Rio Preto da Eva. Acossados pelas denúncias apresentadas e pela pressão popular, eles encenaram uma investigação, usando para isso uma outra denúncia, fragilíssima, que não deverá dar maiores dores de cabeça ao prefeito afastado: irregularidades no Portal da Transparência.
A Câmara, premeditadamente, se esquiva de assumir o seu papel legal, pois, se o fizesse, teria que explicar como até agora não enxergou nenhum dos absurdos já apurados na administração do prefeito, afastado pelo Justiça. Alguns deles são:
1 – “Repasse”de R$ 120 mil do dinheiro do Fundo Nacional da Educação Básica, que deveria ser exclusivamente gasto com o salários dos professores e despesas da Educação, para a conta da própria Câmara;
2 – A não construção de duas creches infantis, que permitiriam até 200 famílias terem seus filhos assistidos e cuidados, enquanto pai e mãe sairiam para trabalhar, melhorando a qualidade de vida das familias;
3 – A não construção de uma quadra esportiva, que poderia dar a vários jovens ocupação e lazer, ao invés de serem diariamente seduzidos pelo tráfico, pela prostituição e pela pedofilia;
4 – A compra fictícia de mais de 152 conjuntos de trabalhos para os professores (mesa e cadeira);
5 – A compra fictícia de mais de 1.800 carteiras escolares, para dar o mínimo de conforto aos alunos das escolas municipais de Rio Preto da Eva;
6 – A não construção de uma Unidade Básica de Saúde ampla, equipada, confortável, com capacidade de receber, atender e cuidar de até 300 famílias, inclusive estocar e distribuir medicamentos para doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
A Controladoria Geral da União, por sinal, esteve por uma semana no municipio (até o dia 25/08), depois de uma enxurrada de representações promovidas desde o dia 19 de junho, após uma auditoria nas contas, contratos e convênios, celebrados entre primeiro de janeiro de 2013 e 18 de junho de 2015, que deu subsídios ao procurador da prefeitura. Este está diligenciando junto aos órgãos de controle, Ministério Público e Polícia Federal.
Há informações do “sumiço”de veículos, como uma caminhão, tipo caçamba; uma pick-up tipo S-10 e uma pick-up menor, modelo Courrier, todas derivadas de recursos federais, como da Suframa.
O prefeito em exercício, Ernani Santiago, convive diariamente com dívidas judiciais, principalmente as trabalhistas e as tributárias, que bloqueiam as contas da prefeitura quase toda semana. Por outro lado, enfrenta movimentos oportunistas de “lideranças” que tentam insuflar parte do funcionalismo e cidadãos comuns, para pavimentar caminho a outros grupos políticos interessados na eleição de 2016.
Há funcionários, aliados destas “lideranças”, a quem não interessa a apuração rigorosa dos fatos e sim o “quanto pior, melhor”. A estes não importa que a prefeitura tente tirar a administração do atoleiro em que ainda se encontra, nem que trabalhe e planeje suas despesas dentro das receitas a que tem acesso, além de buscar outras receitas legais, como a atração de empresas para a cidade; a cobrança dos impostos municipais e a negociação dos débitos, justamente o que a atual gestão tenta fazer.
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