Advogado acusa equipe de hospital privado de haver feito “barbeiragem” que resultou na morte do filho dele

O advogado Robert Lincoln Da Costa Areias está revoltado com o que ocorreu na última quinta-feira (28) no Hospital Rio Amazonas, mantido pela operadora Hapvida na rua Marciano Armoud (antiga Belém), no Adrianópolis. Segundo ele, a equipe comandada pelos médicos Luís Saraiva, diretor da unidade, e George Butel lhe deu todas as garantias de que o pequeno Arthur Lincoln, de apenas 10 anos, que sofria de sopro no coração, sairia ileso depois de uma cirurgia que, segundo eles, duraria cerca de três horas. O procedimento levou mais de 10 horas e terminou com a morte do garoto, que não resistiu.

“Me deram garantias que a cirurgia era simples e iria dar certo e perguntei se caso o coração não reagisse na hora da retirada da circulação extra corpórea o que poderia ser feito e eles me garantiram que haviam drogas pro coração, choque, manobras e procedimentos que iriam fazer o coração do meu filho voltar a bater espontaneamente ou com auxílio de marca passo e que em seguida meu filho iria passar alguns dias na UTI até ser extubado”, explica Areias.

Arthur foi internado na quarta-feira (27). Ele entrou andando no hospital, sem nenhum quadro que indicasse a emergência. O procedimento começou às 8h30. “Não foi uma cirurgia de emergência ou urgência. Houve dois meses de pré operatório e preparo. Foi uma cirurgia eletiva. Todos os médicos me garantiram o êxito”, diz o advogado, que pretende processar o hospital.

“Eu tive que invadir o centro cirúrgico três vezes porque não tinha notícias e eu sabia que havia algo grave, o coração de pai me avisou. À noite, quando vieram dar a notícia que meu filho morreu , o médico Geore Butel me disse que, se não operasse o meu filho, ele iria viver no máximo até uns 20 anos de idade. Por que não me falaram isso antes? Se eu soubesse não deixaria operar e eu teria convivido com ele até os 20 anos ou 30”, diz Areias, aos prantos.

Ele citou o exemplo do apresentador de TV e empresário Waisser Botelho, que convive com o mesmo problema há mais de cinco décadas. “Somente um lado do coração dele trabalha direito.  Todos os médicos choraram comigo antes da cirurgia e me prometeram devolver meu filho salvo e com vida. O diretor, Luiz Saraiva, disse que o procedimento duraria umas duas ou três horas. Ao invés disso, entregaram meu filho morto”, desabafa o advogado.

Nem o hospital, nem a operadora, nem a equipe médico se pronunciaram até agora.

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Este post tem um comentário

  1. Ana Paula Ramos

    Lamentável e muito triste! Imagina a dor desse pai!

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