“A Zona Franca de Manaus tem o duro e desafiante dever de se reinventar”, diz Braga em homenagem no Senado

Na homenagem do Senado Federal aos 50 anos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), realizada nesta segunda-feira (06/03), o senador Eduardo Braga (PMDB/AM) chamou atenção para os desafios do modelo econômico administrado pela autarquia.

Segundo o parlamentar, a Zona Franca de Manaus tem o “duro e desafiante dever de se reinventar”. Para isso, destacou Braga, é necessário rever processos produtivos, além de agregar novos mercados que possam gerar emprego e renda ao povo amazonense. “Temos mais 53 anos para encontrar os caminhos que vão garantir a consolidação da economia regional sem a dependência fiscal do modelo”, disse ele, autor do requerimento que resultou na sessão especial.

Floresta de pé – Diante de representantes do governo federal, do setor produtivo e de parlamentares do Amazonas e demais estados do Brasil, Eduardo Braga afirmou, ainda, que o desconhecimento da população sobre a Amazônia e a Zona Franca de Manaus é o maior impedimento para o apoio dos brasileiros ao modelo de desenvolvimento que vigora em boa parte da Região Norte.

“Quem nos assiste pela televisão neste momento é importante que saiba que, quando ligamos uma televisão neste País, estamos usando um produto feito na Floresta Amazônica que não derrubou uma árvore sequer para ser produzido”, ressaltou. “Quando acionamos uma motocicleta neste País, estamos acionando um produto produzido em plena floresta e que não fez mal ao nosso meio ambiente. Isso tudo é fruto de uma política de desenvolvimento regional”, completou.

Rebecca Garcia, superintendente da Suframa, destacou ações que estão em andamento na autarquia e devem ajudar na recuperação do Polo Industrial de Manaus (PIM). Entre elas, melhorias nos processos de pesquisa e desenvolvimento – P&D; convênios e orçamentos; avanços no estabelecimento dos processos produtivos básicos e o Plano Nacional da Cultura Exportadora, no qual a Suframa coordena o Comitê Gestor do PNCE com a participação de 18 instituições e 69 empresas inscritas. “Os fatos e momentos históricos nos levam a refletir sobre a capacidade de superação desse modelo e sobre as suas perspectivas para o futuro”, afirmou a dirigente.

A solenidade contou, ainda, com os discursos dos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), Omar Aziz (PSD/AM), Valdir Raupp (PMDB/RO) e Gladson Cameli (PP/AC), além da deputada estadual Alessandra Campêlo (PMDB), que representou a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM). Também se pronunciaram Jorge Júnior, secretário de Planejamento, Indústria e Comércio do Estado do Amazonas, e Nelson Azevedo, em nome da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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